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Politica Brasil
Terça - 07 de Novembro de 2006 às 16:38

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Para contentar o PP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que ampliar o espaço do partido no governo. O líder da legenda na Câmara, deputado Mário Negromonte (BA), disse nesta terça-feira que o PP espera triplicar sua participação na Esplanada dos Ministérios no próximo governo do petista. Atualmente, o partido responde pela pasta das Cidades.

Além de manter o ministério que já comanda, o PP também vai pedir outras duas pastas: a Integração Nacional e os Transportes. Esta última também é cobiçada pelo PMDB.

Negromonte, representante do PP nas negociações com o Planalto, disse que Lula terá que levar em conta o tamanho da legenda na distribuição dos cargos. "Vamos pedir a ampliação [dos cargos]. Somos o terceiro maior partido da base aliada. Queremos nosso espaço de acordo com nosso tamanho. A divisão tem que ser per capita", afirmou.

Conforme o líder, o interesse do partido é "permanecer no Ministério das Cidades e ocupar os da Integração Nacional e dos Transportes".

O PP deve sugerir ao presidente o nome do ex-governador de Santa Catarina Esperidião Amim para ocupar um destes cargos. Amim tem o apoio do senador eleito Francisco Dornelles (PP-RJ) e também da líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC). Os dois teriam um acordo de troca de apoio nas eleições municipais de Santa Catarina em 2008.

Ao justificar as reivindicações, Negromonte disse que "todo mundo vai gritar" por cargos no primeiro escalão do governo e "nós também". Mas observou que, se o partido não for atendido, não haverá rompimento com o governo, embora aposte que dificilmente Lula deixará de contemplar os aliados. "O presidente não vai querer a base aliada insatisfeita", disse.

Além do Ministério das Cidades, o PP também ocupa diretorias na Anvisa, no Denatran e na Petrobras. O partido chegou a assumir também diretorias no IRBI (Instituto de Resseguros do Brasil) e a secretaria nacional do Ministério da Saúde, cargos que pretende recuperar. O PP elegeu 40 deputados para a próxima legislatura e conta com este número para pressionar o governo.





Fonte: Folha de S. Paulo

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