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Politica Brasil
Terça - 07 de Novembro de 2006 às 15:51

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G1 - O empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da empresa Planan, acusada de vender ambulâncias superfaturadas com dinheiro público de emendas parlamentares, disse há pouco que não tentou negociar um dossiê contra o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que perdeu as últimas eleições para o governo paulista. "Não ofereci (o dossiê)", disse, recusando-se a falar mais sobre o caso. "Não é esse o assunto que estamos tratando (no conselho)".

Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Abel Pereira disse que Vedoin chegou a oferecer um dossiê contra Mercadante, que disputou as eleições contra José Serra, governador eleito pelo PSDB. Pereira é acusado de ser a ponta da máfia dos sanguessugas com o PSDB.

Vedoin estava preso por conta da negociação de compra com pessoas ligadas ao PT de um dossiê contra políticos do PSDB. Ele foi solto na semana passada após habeas-corpus da Justiça. No depoimento desta terça foi a primeira vez que falou publicamente sobre este episódio. Ele está depondo no Conselho de Ética sobre os processos contra os 67 deputados acusados de envolvimento com o esquema.

O empresário recusou-se a assinar o termo de compromisso para falar a verdade. Alegou que depõe como "colaborador", e não testemunha. Antes do depoimento, os advogados de Vedoin pediram para a sessão ser secreta, mas o pedido não foi aprovado pelos integrantes do conselho.

A sala do conselho está lotada em razão do alto número de deputados processados. Dos 67, apenas cinco se reelegeram: João Magalhães (PMDB-MG), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes (PL-MT) e Wellington Roberto (PL-PB).

O presidente do conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), reafirmou que não pretende priorizar os casos desses cinco. Segundo ele, os processos dos que perderam as eleições que não forem concluídos até o fim do ano devem ser enviados ao Ministério Público. Os dos que continuam na Câmara em 2007 serão reabertos na próxima legislatura.

Além dos 67 deputados, três senadores são processados acusados de ligação com a máfia dos sanguessugas: Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).





Fonte: G1

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