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Cidades/Geral
Sexta - 08 de Março de 2013 às 14:12
Por: Max Aguiar/ Lucas Bólico/Darwi

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Cerca de 100 operários da Ster Engenharia contratados para a construção das trincheiras do Santa Rosa, Mário Andreazza e do Verdão cruzaram os braços e pararam o trânsito na avenida Miguel Sutil, nas proximidades do Círrculo Militar. O motivo da manifestação é o medo da demissão e o atraso no salário, que segundo os manifestantes deveria ter sido pago no dia 5. A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) intermediou uma negociação e garantiu o pagamento até terça-feira (11), mas os operários decidiram manter a greve até que sejam pagos.

A situação instável da empreiteira que na semana passada admitiu um rompimento de contrato com o Governo e a retirada de suas máquinas dos canteiros desde a quarta-feira (6), deixou os trabalhadores apreensivos. Muitos deles vieram do Nordeste para trabalhar nas obras da Copa e estão desesperados.

“O nosso aluguel já atrasou, eles mandaram muitos dos nossos companheiros embora e não acertaram com nenhum”, declarou José Antonio de Araújo, 42, ajudante geral. O operário conta que veio da Bahia para trabalhar nas obras da Copa em Cuiabá. A maioria, segundo relata, veio da Bahia e maranhão.

Os manifestantes alegam também que a Ster rompeu o contrato com os reeducandos e estes também não receberam e fazem parte do protesto. Os líderes do motim estavam revoltados e ameaçaram queimar pneus em frente da avenida. Policiais militares, agentes de trânsito da SMTU e bombeiros acompanham a manifestação. 

Os trabalhadores estão sem trabalhar desde às 7 horas da manhã esperando algum tipo de resposta da Ster Engenharia ou da Secopa. De acordo com os operários, os maquinários começaram a ser retirados na última quarta-feira e desde ontem apenas seguranças estão trabalhando. 

“Quando vimos as máquinas sendo retiradas e eles deixando apenas as ferramentas e os ferros, percebemos que eles estavam nos deixando a ver navios. Desde quarta nem salário e nem engenheiro nenhum falou conosco por isso paramos de trabalhar hoje e só vamos voltar ou ir embora de Mato Grosso depois que acertarem o que nos devem”, esbravejou o pedreiro Marcos Junior. 

Amotinados, em frente ao escritório da Ster, os operários não permitiram a passagem de nenhum dos diretores da companhia enquanto não houvesse uma garantia quanto ao salário e à situação. “Não vamos deixar sair enquanto não nos dar uma satisfação”, disse um operário. O bloqueio da avenida seguiu até a reunião do diretor de Infraestrutura da Secopa, Alisson Sander com os trabalhadores.
Garantia
Após ouvir os engenheiros responsáveis pela construtora, o representante da Secopa chamou os operários para explicar que havia ocorrido uma situação atípica com o repasse do dinheiro para a empreiteira. “A Secopa está rigorosamente em dia com as construtoras e o repasse já está sendo feito para a Ster Engenharia. Ocorre que este mês houve um atraso no lançamento do recurso. “O dinheiro estará caindo hoje na conta da Ster e na segunda-feira ou no máximo até terça-feira (11), os salários serão pagos”, prometeu o diretor da Secopa, que prometeu comparecer ao escritório às 14 horas da terça para nova conversa com os trabalhadores. O diretor ainda tranqüilizou os operários com relação a dispensas. “Se acaso a construtora tiver problemas e sair, vamos fazer uma realocação para a empresa substituta. Não haverá demissão em massa. Quanto a isso, vocês podem ficar tranqüilos”, pontuou.

Ainda no local, Alisson Sander foi informado de que o atraso era de apenas oito dias. “Pensava que era um atraso de mais de um mês. Então vejo que o problema aqui é mais no tocante à insegurança dos trabalhadores”, disse. Um operário contou que outro motivo da paralisação é a falta de diálogo por parte dos diretores. “Nós que trabalhamos aqui não somos esclarecidos de nada. Eles recolhem os equipamentos e atrasam os salários. Depois, começam a demitir. Passamos a pensar na possibilidade de levar calote. Os engenheiros não nos dizem nada. O que custava vir e conversar conosco? Talvez toda essa situação seria evitada”, disse um operário.






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