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Ormond faz verdadeira folia pantaneira no Arsenal
O violeiro mato-grossense João Ormond está de volta a Cuiabá e traz na bagagem uma série de novidades para a Folia Pantaneira que realiza hoje e amanhã, às 20 horas, no teatro do Sesc Arsenal. Além de músicas próprias, Ormond apresenta canções bem conhecidas na região, acompanhado dos experientes Valtencir Tavares e Mingo Jacob.
Ormond é hoje um dos músicos brasileiros que mais divulga pelo país a sonoridade pantaneira. Exímio tocador de viola, ele tem mostrado em vários estados ritmos típicos como chamamé, polca e guarânia, aliando a eles a boa moda caipira. Para a apresentação de hoje e amanhã, o músico resgata antigas e novas canções que fazem parte de seu já vasto repertório, alguns clássicos da musica de raiz, assim como algumas inéditas que farão parte do nosso novo CD, ainda em fase de compilação, além de contar alguns "causos".
Entre os "clássicos" dele, Ormond cita duas das mais conhecidas: "Reduto de Violeiro" (do disco de mesmo nome) e "Lá no Sertão" (gravada há alguns anos pela cantora Lecy Brandão). Entre as canções novas, destaca "Jacareassú" e "Estações", que o público poderá conferir em primeira mão. Elas já estão sendo preparadas para o próximo disco. "Na realidade, estou começando a mexer com esse disco", explica, ressaltando que agora está com um estúdio em casa, onde produz também jingles e vinhetas.
Ormond frisa que está trabalhando devagar, escolhendo material com muito cuidado. São várias músicas, mas muitas delas ele ainda pretende alterar. Mas o público pode esperar mais uma vez um material de qualidade tanto na sonoridade quanto nas letras. entre os amigos que compõem as canções com Ormond estão "craques" como Gilton Mendes, Paulinho Simões e Tavinho Lima. Serão, então, músicas dele, em parceria, uma duas instrumentais e uma regravação de terceiros, ainda sem definição, conta.
Voltando à apresentação, Ormond também programou a apresentação de alguns clássicos pantaneiros de domínio público, como "A Lua" e "Redondeza", "até porque o nome do show é folia pantaneira", frisa. Para isso, contará com a bela ajuda de Valtencir Tavares ao violão e Mingo Jacob na percussão. Val, como é conhecido o primeiro, toca violão e viola e destaca-se pela polivalência. Assim como ele, o percussionista Mingo atua em São Paulo, onde dá aulas de percussão e tem um grupo chamado Matuto Moderno. "Ele está tocando comigo desde que fui para São Paulo", ressalta Ormond.
Pé na estrada - Desde que saiu de Mato Grosso, já há um bom tempo, João Ormond tem rodado o país, levando a sonoridade pantaneira para todos os cantos onde pode. De fato, fica pouco tempo em Jundiaí, em São Paulo, onde fixou residência. Comumente apresenta-se pelo interior paulista, mas de vez em quando desce para fazer shows em estados da região Sul como Santa Catarina. Já esteve em cidades como Florianópolis, Joinville e Brusque.
O músico também já esteve em Minas Gerais e agora começa a firmar-se mais no Centro-oeste, pegando Brasília e entorno e o estado de Goiás. Também tem boa penetração no Mato Grosso do Sul, terra, por sinal, do amigo Paulo Simões. Ormond também tem participado de vários programas de TV de música sertaneja e até de programas transmitidos via internet, como os da All TV. Atualmente, um dos projetos que mais aposta fichas é uma apresentação em Marseille, na França. "A expectativa é de que o meu do trabalhos seja selecionado", adianta.
O violeiro que decidiu tentar a sorte fora do estado agora colhe os frutos do empenho. A cada ano consegue chegar a novos lugares, sem perder o contado com os outros por onde passou. E muito desse sucesso se deve ao filão da moda de viola filão. Ele é muito forte e vem ganhando cada vez mais espaço, explica. "Minas, São Paulo, Goiás, entorno de Brasília, Mato Grosso, até no Pará, tem muitos amigos meus que vão tocar lá", salienta.
Raízes - A obra de João Ormond expressa a rica e histórica encruzilhada etno-musical característica do velho Mato Grosso, de cerrados e pantanais, de negros, ameríndios e migrantes que rumaram para o interior do Brasil. A esta matriz somaram-se as contribuições da fronteira espanhola, por onde chegaram a polca paraguaia, o chamamé, a guarânia, o tango e a valsa. Essa mescla resultou na formação basal da musicalidade e da cultura mato-grossense, que recebeu, ainda, nas últimas décadas, levas e levas de brasileiros oriundos de diversas regiões do Brasil, trazendo em suas bagagens outros ingredientes culturais, músicas e ritmos que retocaram a sua face musical.
A discografia de João Ormond tem como ponto de partida o CD Rio Abaixo, lançado em 1997, prenunciando uma trajetória musical cada vez mais definida e madura com o passar dos anos. Seu segundo disco, Capins e Riachos, desembocou, no fluxo dessa hidrografia musical, em Reduto de Violeiro, seu terceiro CD, vindo à luz no ano de 2001. Este trabalho foi indicado ao prêmio Caras de Música -2001 na categoria melhor CD Regional, teve a música "Lá no Sertão" gravada pela Leci Brandão, e marca, definitivamente, sua intimidade com a viola caipira e um estilo que aparece em traços mais e mais expressivos. Seu último trabalho, o CD Viola Encantada, lançado em 2004, é um sólido "cadinho" onde se misturam e condensam iguarias da musicalidade e da poética características da cultura brasileira, além da participação especial de Pena Branca.
Serviço - A apresentação de Folia Pantaneira acontece hoje e amanhã, às 20 horas, no teatro do Sesc Arsenal.
Ormond é hoje um dos músicos brasileiros que mais divulga pelo país a sonoridade pantaneira. Exímio tocador de viola, ele tem mostrado em vários estados ritmos típicos como chamamé, polca e guarânia, aliando a eles a boa moda caipira. Para a apresentação de hoje e amanhã, o músico resgata antigas e novas canções que fazem parte de seu já vasto repertório, alguns clássicos da musica de raiz, assim como algumas inéditas que farão parte do nosso novo CD, ainda em fase de compilação, além de contar alguns "causos".
Entre os "clássicos" dele, Ormond cita duas das mais conhecidas: "Reduto de Violeiro" (do disco de mesmo nome) e "Lá no Sertão" (gravada há alguns anos pela cantora Lecy Brandão). Entre as canções novas, destaca "Jacareassú" e "Estações", que o público poderá conferir em primeira mão. Elas já estão sendo preparadas para o próximo disco. "Na realidade, estou começando a mexer com esse disco", explica, ressaltando que agora está com um estúdio em casa, onde produz também jingles e vinhetas.
Ormond frisa que está trabalhando devagar, escolhendo material com muito cuidado. São várias músicas, mas muitas delas ele ainda pretende alterar. Mas o público pode esperar mais uma vez um material de qualidade tanto na sonoridade quanto nas letras. entre os amigos que compõem as canções com Ormond estão "craques" como Gilton Mendes, Paulinho Simões e Tavinho Lima. Serão, então, músicas dele, em parceria, uma duas instrumentais e uma regravação de terceiros, ainda sem definição, conta.
Voltando à apresentação, Ormond também programou a apresentação de alguns clássicos pantaneiros de domínio público, como "A Lua" e "Redondeza", "até porque o nome do show é folia pantaneira", frisa. Para isso, contará com a bela ajuda de Valtencir Tavares ao violão e Mingo Jacob na percussão. Val, como é conhecido o primeiro, toca violão e viola e destaca-se pela polivalência. Assim como ele, o percussionista Mingo atua em São Paulo, onde dá aulas de percussão e tem um grupo chamado Matuto Moderno. "Ele está tocando comigo desde que fui para São Paulo", ressalta Ormond.
Pé na estrada - Desde que saiu de Mato Grosso, já há um bom tempo, João Ormond tem rodado o país, levando a sonoridade pantaneira para todos os cantos onde pode. De fato, fica pouco tempo em Jundiaí, em São Paulo, onde fixou residência. Comumente apresenta-se pelo interior paulista, mas de vez em quando desce para fazer shows em estados da região Sul como Santa Catarina. Já esteve em cidades como Florianópolis, Joinville e Brusque.
O músico também já esteve em Minas Gerais e agora começa a firmar-se mais no Centro-oeste, pegando Brasília e entorno e o estado de Goiás. Também tem boa penetração no Mato Grosso do Sul, terra, por sinal, do amigo Paulo Simões. Ormond também tem participado de vários programas de TV de música sertaneja e até de programas transmitidos via internet, como os da All TV. Atualmente, um dos projetos que mais aposta fichas é uma apresentação em Marseille, na França. "A expectativa é de que o meu do trabalhos seja selecionado", adianta.
O violeiro que decidiu tentar a sorte fora do estado agora colhe os frutos do empenho. A cada ano consegue chegar a novos lugares, sem perder o contado com os outros por onde passou. E muito desse sucesso se deve ao filão da moda de viola filão. Ele é muito forte e vem ganhando cada vez mais espaço, explica. "Minas, São Paulo, Goiás, entorno de Brasília, Mato Grosso, até no Pará, tem muitos amigos meus que vão tocar lá", salienta.
Raízes - A obra de João Ormond expressa a rica e histórica encruzilhada etno-musical característica do velho Mato Grosso, de cerrados e pantanais, de negros, ameríndios e migrantes que rumaram para o interior do Brasil. A esta matriz somaram-se as contribuições da fronteira espanhola, por onde chegaram a polca paraguaia, o chamamé, a guarânia, o tango e a valsa. Essa mescla resultou na formação basal da musicalidade e da cultura mato-grossense, que recebeu, ainda, nas últimas décadas, levas e levas de brasileiros oriundos de diversas regiões do Brasil, trazendo em suas bagagens outros ingredientes culturais, músicas e ritmos que retocaram a sua face musical.
A discografia de João Ormond tem como ponto de partida o CD Rio Abaixo, lançado em 1997, prenunciando uma trajetória musical cada vez mais definida e madura com o passar dos anos. Seu segundo disco, Capins e Riachos, desembocou, no fluxo dessa hidrografia musical, em Reduto de Violeiro, seu terceiro CD, vindo à luz no ano de 2001. Este trabalho foi indicado ao prêmio Caras de Música -2001 na categoria melhor CD Regional, teve a música "Lá no Sertão" gravada pela Leci Brandão, e marca, definitivamente, sua intimidade com a viola caipira e um estilo que aparece em traços mais e mais expressivos. Seu último trabalho, o CD Viola Encantada, lançado em 2004, é um sólido "cadinho" onde se misturam e condensam iguarias da musicalidade e da poética características da cultura brasileira, além da participação especial de Pena Branca.
Serviço - A apresentação de Folia Pantaneira acontece hoje e amanhã, às 20 horas, no teatro do Sesc Arsenal.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262652/visualizar/
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