Repórter News - reporternews.com.br
Piracema: Peixes começam a subir os rios no Pantanal
Pelo menos dois grandes cardumes de pacus e piraputangas já começaram a subir os rios do Pantanal, em Mato Grosso do Sul, dando início à piracema - período em que os peixes deixam as áreas mais baixas para as cabeceiras dos rios onde depositam seus ovos. O fenômeno se repete todos os anos entre outubro e março.
< p>
Nos rios da bacia do Paraguai, onde está localizado o Pantanal, a pesca está proibida desde esta segunda-feira. Já na bacia do rio Paraná, formada pelos cursos que abastecem o rio que delimita a divisa de MS com os Estados de São Paulo e Paraná, a proibição já vigora deste o dia 1º. < p>
O movimento dos dois primeiros cardumes no Pantanal foi detectado em postos da Polícia Militar Ambiental (PMA) montados nos rios Paraguai e Taquari, no norte do Estado. Os peixes procuram as cabeceiras dos rios em busca de oxigênio na época da seca. Com as chuvas, eles fazem o percurso de volta. O termo piracema vem do tupi-guarani e quer dizer "saída do peixe". < p>
A subida vira atrativo para os turistas nas quedas d'água e corredeiras, quando os peixes têm de saltar para vencer os obstáculos, oferecendo um verdadeiro espetáculo da natureza. Nestes pontos, os cardumes costumam se concentrar para tentar superar as barreiras naturais, também se tornando alvos fáceis para quem pratica a pesca predatória.
< p>
"Além de percorrer os rios, montamos postos com fiscalização 24 horas por dia nos quinze pontos onde os peixes estão mais vulneráveis", explicou o biólogo e capitão da PMA Ednilson Paulino Queiroz. < p>
Prisão
Segundo ele, as férias no órgão ambiental foram suspensas e os policiais foram retirados de funções burocráticas para pôr todo o efetivo - 365 homens - na fiscalização dos rios de Mato Grosso do Sul. Hoje sete pessoas foram presas em rios do Estado, tentando burlar a proibição. No ano passado, 64 pessoas foram presas e mais de uma tonelada de peixes foi apreendida durante o período do defeso. O desrespeito à piracema pode render multa de R$ 700 a R$ 100 mil e pena de prisão entre um e três anos de prisão. < p>
A única exceção aberta nos quatro meses dias é para a pesca de subsistência comumente praticada por indígenas ou por comunidades ribeirinhas. O limite é de 3 quilos diários por pescador e não pode ficar estabelecida a intenção de venda. < p>
A gerente da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presideência da República em MS, Marilúcia Canisso Valese, informou que quatro mil famílias de pescadores de Mato Grosso do Sul receberão um seguro mensal durante o período de proibição. Cada família cadastrada terá direito a um salário mínimo (R$ 350) durante os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262660/visualizar/
Comentários