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Tecnologia
Segunda - 06 de Novembro de 2006 às 09:38

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Aconteceu em Atenas, na Grécia, o primeiro Internet Governance Forum (IGF), um encontro com o intuito de defender a liberdade online e ligar países desenvolvidos e em desenvolvimento através da rede, atenuando tanto quanto possível o chamado global digital divide.

Oficial chinês nega que haja censura à Web Gigantes da Web defendem colaboração com a China Controle sobre a Web na China é polêmica em fórum Voltado para investidores, o fórum foi convocado pela secretária geral das Nações Unidas e foi resultado de um acordo realizado pela Information Society, em novembro de 2005 no World Summit, realizada em Tunis.

Para Viviane Reding, da Information Society and Media, da Comissão Européia, que abriu o encontro em Atenas, "a possibilidade das comunicações mundiais pela Internet é definitivamente um dos aspectos mais positivos da globalização", mas só poderá continuar a levar à democracia e ao desenvolvimento econômico se a liberdade de expressão e de acesso a informação forem garantidas.

"Este é o motivo pelo qual a Comissão Européia convoca os governos e indústrias do mundo todo a não aceitarem as restrições no acesso a internet nem a ciber-repressão", defendeu.

A querstão principal "Controle da Internet pelo Desenvolvimento" foi debatida no evento entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro e abordou os temas:

Abertura: liberdade de expressão, fluxo livre de informações e conhecimento Segurança: criação de lealdade e confiança através da colaboração Diversidade: promoção de diversas línguas e conteúdos locais Acesso: conectividade à Internet, políticas e custo Mesmo sem a pretensão de tomar decisões, o evento permitiu que os principais investidores se encontrassem e discutissem com especialistas de 90 países, empresas de tecnologia e organizações não-governamentais. "O fato de que o fórum não tem poder de decisão significa que ninguém está com medo dele, e isto leva à discussão livre e aberta", declarou Markus Kummer, presidente do grupo de Internet das Nações Unidas.

No entanto, segundo o site TodayOnline, Irã e África do Sul reclamaram alegando que não tiveram a oportunidade de expressar adequadamente seus pontos de vista a respeito de aspectos éticos e custos de conectividade.

A Anistia Internacional apresentou no fórum uma petição com 50 mil assinaturas pedindo respeito pelos direitos humanos pela Internet, enquanto empresas ocidentais de tecnologia como Microsoft, Google e Yahoo foram alvos de críticas por ajudar as autoridades chinesas na censura da liberdade de expressão e no monitoramento de seus internautas.

Diversas iniciativas foram lançadas pela União Européia na tentativa de promover os direitos humanos e a liberdade, e também para ampliar o desenvolvimento econômico através da tecnologia, o que pode ser feito através do compartilhamento de experiências, inclusão digital e o suporte através de infra-estrutura, conforme noticiou o site Technology NewsDaily.

Antes do encontro, diversos avanços importantes no controle da Internet já tinham sido atingidos: em 30 de setembro de 2006, um memorando de entendimento assinado pelo Departamento de Comércio americano e o ICANN, foi substituído por um acordo mais leve de governança, que será terminado completamente em 2009. Isto é tido como um passo importante em direção a um gerenciamento completo da Internet pelo setor privado, objetivo que tem sido o foco dos trabalhos da União Européia em conjunto com administradores americanos desde 1998.

A transcrição das principais sessões de cada um dos quatro dias do evento está disponível através do endereço intgovforum.org, em inglês, em formato txt.

De acordo com o site oficial do IGF, a próxima edição do encontro acontecerá no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 12 e 15 de novembro de 2007. Os anos seguintes serão marcados por encontros na Índia (2008), Egito (2009) e possivelmente Lituânia ou Azerbaijão no ano de 2010.

Nitin Desai, conselheiro especial do secretário geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, declarou que a IGF acontecerá durante cinco anos, e depois deste período será revista e analisará o que foi conseguido.





Fonte: Magnet

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