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Sexta - 08 de Março de 2013 às 09:18
Por: KATIANA PEREIRA

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O Mapa da Violência 2013, divulgado nesta semana pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, revela que Cuiabá é a 16a capital brasileira onde é provável se morrer por tiro. 

 
 
Os números são do ano de 2010, quando Cuiabá registrou 158 mortes por armas de fogo. Dez anos antes, o número foi de 270, uma redução de 41,5%. 

 
 
Mesmo com a redução considerada significava, a Capital de Mato Grosso está entre as mais violentas do país, com uma taxa de 28,7 homicídios para cada 100 mil habitantes. 



 
Dados da Polícia Judiciária Civil mostram que, em 2012, foram registrados 214 homicídios em Cuiabá. 

 
 
No Brasil, as mortes por tiro lideram o ranking de homicídios. Foram 36,7 mil mortes registradas com armas de fogo no país em 2010. 

 
 
De acordo com o Censo de 2010, as capitais brasileiras possuem um total de 45,5 milhões de habitantes, o que representa 23,8% da população total do país. 

 
 
O número de vítimas por armas de fogo nessas capitais em 2010 foi de 13.529, representando 34,8% do total nacional de óbitos pela causa. 

 
 
O número de mortos por armas de fogo nos últimos 30 anos cresceu 346% no país. 

 
 
Entre 1980 e 2010, quase 800 mil pessoas morreram vítimas de disparo. Foram 8.710 em 1980 e 38.892 em 2010.

 
 
O crescimento das mortes por disparo de armas no país foi puxado pelos homicídios, que cresceram 502,8% nos últimos 30 anos, enquanto os suicídios cresceram 46,8% e as mortes por acidentes com armas caíram 8,8%, entre 1980 e 2010. 

 
 
Líder em morte por tiros 

 
 
Maceió, capital de Alagoas, é a primeira da lista com 94,5 homicídios por 100 mil habitantes. Logo depois vêm João Pessoa (PB), com taxa de 71,6, Vitória (ES) com 60,7, Salvador (BA) com 59,6 e Recife (PE) com 47,8. 

 
 
São taxas bem acima da média nacional, 20,4, e dos níveis considerados toleráveis pela ONU, que giram em torno de 10 homicídios por 100 mil. 

 
 
Panorama por regiões 

 
 
A Região Norte lidera o crescimento da mortalidade por tiros - 195,2% na década-, quase triplicando o número de vítimas. Em seguida aparece o Nordeste, com crescimento de 92,2%. 
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No Centro-Oeste, houve redução na taxa de mortes em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Foi registrado pouco crescimento no Distrito Federal e crescimento moderado em Goiás, que ficou na 13ª posição nacional por Estados, com taxa de 22 mortes por 100 mil habitantes resultantes de arma de fogo. 

 
 
Na Região Norte, o Pará encabeça o crescimento da taxa de homicídios, com uma taxa de 34,6 mortes por disparo de arma de fogo a cada 100 mil habitantes em 2010. Dez anos antes, a taxa no estado estava em 8,5, segundo o estudo. 

 
 
Amapá e Amazonas aparecem em seguida, ambos com crescimento da taxa de assassinatos acima de 150%. 



 
No Nordeste, a maior parte dos estados possui altos números de crescimento da taxa de homicídios, com destaque para o Maranhão, cujo número de vítimas cresceu 344,6% em 10 anos. 

 
 
Em seguida estão os estados de Alagoas, Bahia, Ceará e Paraíba, todos com aumento de cerca de 200% no número de mortes por disparo. 

 
 
Na Região Sul, houve crescimento moderado: 53,6%, com destaque para o Paraná (aumento de 112,7% na década) e Santa Catarina (68,6%). 

 
 
A única região a evidenciar quedas na década é o Sudeste, cujo número de óbitos reduziu 39,7%. Em 2010, o estado alcançou a taxa de 10,4 mortes por 100 mil. 

 
 
Para Júlio Jacobo Waiselfisz, coordenador do Mapa da Violência 2013, a declarada priorização da segurança pública por governadores e iniciativas do governo federal tais como a campanha do desarmamento não foram suficientes para forçar a queda dos índices de violência na primeira década do século XXI.





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