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Internacional
Sábado - 04 de Novembro de 2006 às 15:19

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O Governo do Panamá esclareceu hoje que não estava buscando um assento não-permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e disse que o ocupará com o compromisso de consultar permanentemente os outros países da América Latina e do Caribe.

Assim afirmou hoje o segundo vice-presidente panamenho, Rubén Arosemena, um dia depois de 33 integrantes do Grupo de Países da América Latina e Caribe da ONU (Grulac) dar o sinal verde de forma unânime ao Panamá como candidato de consenso para o posto que a Argentina deixará vago no fim do ano.

"O Panamá tinha reiterado sua disposição de contribuir para se chegar a uma fórmula de consenso sem pretender que pudesse ser considerado candidato", disse em entrevista coletiva durante a XVI Cúpula Ibero-Americana, em Montevidéu, onde representa o presidente Martín Torrijos.

Apesar de a designação do Panamá como representante da América Latina e Caribe no Conselho de Segurança da ONU ser quase certa, ainda precisa obter a aprovação dos 192 países da Assembléia Geral em reunião que foi convocada para a próxima terça-feira.

A designação do país desfez o bloqueio em que a votação para o posto se encontrava, depois de nenhum dos dois candidatos - Guatemala e Venezuela - ter alcançado o mínimo de dois terços, necessário para ser eleito, em 47 votações.

Arosemena explicou que, como "a iniciativa proposta pela Guatemala e pela Venezuela e amparada pelo grupo latino-americano e caribenho favorece o entendimento, o Governo do Panamá decidiu aceitar a responsabilidade que não tinha buscado".

Depois de lembrar que o Panamá tinha ocupado o mesmo posto em quatro ocasiões anteriores, o vice-presidente disse que o apoio para retornar ao Conselho de Segurança "reconhece a imparcialidade e o equilíbrio do Governo" panamenho.

"Assumimos esta responsabilidade com o compromisso de fazê-lo em permanente consulta com os diferentes Governos da América Latina e do Caribe", ressaltou.

Arosemena afirmou que, "como em todo exercício democrático, sempre haverá divergências", como as que impediram Venezuela e Guatemala de alcançarem dois terços da maioria, necessários para ser escolhido, em 47 votações na Assembléia Geral da ONU.

"Havia legítimas aspirações de países. O importante é o resultado final, além do fato de que a América Latina e o Caribe demonstraram sua maturidade política", destacou.

O Conselho de Segurança, principal órgão de decisão da ONU, é composto por cinco membros permanentes com poder de veto (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China) e dez não-permanentes que se dividem em cinco grupos de Estados, com mandatos de dois anos, a metade é renovada todo ano.





Fonte: EFE

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