"Lei do silêncio não atinge PT", diz Garcia
"A lei do silêncio não alcançará o PT", afirmou Garcia nesta quinta-feira ao jornal O Estado de S.Paulo, para ironizar a tensão do mercado em relação à indefinição sobre o comando do Banco Central (BC)- cujo presidente, Henrique Meirelles, enfrenta resistência de setores petistas que defendem a redução das metas de superávit fiscal e da taxa de juros, para viabilizar maior crescimento da economia. Um dos seguidores dessa linha, com ressalvas, é o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, que demonstra menos rigidez quanto às metas de superávit que seu antecessor, Antonio Palocci.
"Para insegurança há uma série de remédios, como Valium", brincou Garcia. Lula se reuniu nesta quarta-feira com ministros para "enquadrar" o discurso e evitar episódios como o que envolveu o titular da pasta de Relações Institucionais, Tarso Genro. No domingo passado, logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a reeleição de Lula, Tarso anunciou que a "era Palocci" tinha chegado ao fim. A frase irritou o presidente, segundo o qual os pilares da economia, voltados ao controle inflacionário, serão mantidos.
O secretário-geral licenciado do PT, Raul Pont, é um dos principais defensores de uma guinada da política econômica e da saída de Meirelles do BC: "Eu, pessoalmente, acho que esse cidadão já tinha de ter deixado o comando do Banco Central há muito tempo. (...) Se o governo vai baixar os juros no ritmo que o PT propõe, eu não sei, mas nós vamos continuar brigando por isso", afirmou Pont.
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