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Politica Brasil
Quinta - 02 de Novembro de 2006 às 09:02

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O atual prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), cotado para ser o próximo ministro da Fazenda, propôs que as principais decisões do partido sejam tomados por políticos eleitos, e não os dirigentes políticos em mandato, como ocorre atualmente.

Segundo a Folha de S.Paulo, Pimentel disse que "devem ter mais espaço pessoas que têm mandato, voto, responsabilidade perante a sociedade". Hoje, dos 21 membros da Executiva, somente seis têm mandato, de deputado federal ou estadual. Um deles, justamente o presidente interino do partido, Marco Aurélio Garcia, foi o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais. Este grupo não recebe salário do PT, apenas reembolso por despesas de viagem.

"É complicado termos dirigentes profissionalizados que ficam anos e anos. Tem um Brasil novo que está sendo gestado. Que tipo de partido é compatível com isso?", disse Pimentel.

O partido irá se reunir para disctuir seus novos rumos em um congresso no início de 2007. Propostas como a de Pimentel demandariam uma reforma do estatuto. A manifestação do prefeito gerou reação imediata nos dirigentes "profissionalizados".

A mais dura crítica à proposta de Pimentel veio do secretário de Relações Internacionais, Valter Pomar.

"A idéia de um partido controlado por quem "tem votos" é algo extremamente tradicional e perigoso, porque confunde partido com Estado", escreveu Pomar, em artigo.

Mesmo "com voto", a deputada federal gaúcha Maria do Rosário (2ª vice-presidente do PT), considera equivocada a idéia de Pimentel. "Muitos dos dirigentes não têm mandato, mas têm vinculação com movimentos sociais."





Fonte: Terra

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