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Promiscuidade é maior nos países ricos, diz estudo
Um levantamento feito por pesquisadores britânicos indica que pessoas que vivem nos países ricos têm mais parceiros sexuais que nos países em desenvolvimento.
O trabalho feito pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, de Londres, afirma que a monogamia prevalece ao redor do mundo, mas que o hábito de ter diversos parceiros é mais comum nas economias industrializadas, apesar de as nações mais pobres terem altos índices de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e Aids.
Quase um terço das pessoas com menos de 25 anos nos países desenvolvidos ouvidas no estudo disse ter tido diversos parceiros, enquanto na África, por exemplo, essas pessoas representavam uma pequena porcentagem da população.
A principal autora do estudo, Kaye Wellings, diz que o resultado pode significar que outros fatores podem ter maior influência na transmissão de doenças sexuais do que a promiscuidade.
"Fatores sociais como pobreza, migração interna e igualdade entre homens e mulheres podem ser um fator mais importante para a questão da saúde sexual", diz ela.
Homens e mulheres
A pesquisadora afirma que homens e mulheres têm relações sexuais por motivos diferentes e que isso deve ser levado em conta na hora de se formular políticas de saúde pública.
"A seleção das mensagens usadas pelos sistemas de saúde precisa ser guiada por evidências epidemiológicas e não por mitos e julgamentos morais", sugere Wellings.
Apesar de substancial variação regional na prevalência de muitos parceiros, que é geralmente mais alta em países industrializados, a maioria das pessoas diz ter tido apenas um parceiro sexual recente.
Trecho do estudo
Mas os autores do estudo também chamam atenção para o fato de que pesquisas sobre hábitos sexuais podem sofrer distorções por dependerem de relatos pessoais.
Haveria uma tendência dos participantes de responder às perguntas de acordo com o que é considerado "desejável" na sociedade em que vive. Muitas pesquisas verificam que o número de parceiros identificado pelos homens é muito maior que o das mulheres.
Na América do Sul, especialmente no Brasil, mais homens do que mulheres informam ter tido um ou mais parceiros sexuais recentes.
"Menos de 1% dos homens brasileiros contaram prostitutas entre seus três últimos parceiros", diz o estudo, que conclui que "a cultura latina de machismo" pode encorajar os homens a exagerar suas experiências sexuais, ao contrário das mulheres, que podem desejar omitir essas experiências.
Adolescentes e sexo
A pesquisa, que foi publicada pela revista médica The Lancet, descobriu ainda que, ao contrário do que se acredita, os adolescentes ao redor do mundo não estão começando a vida sexual mais cedo.
O estudo mostra que não há uma tendência de mudança na idade da primeira relação sexual nas últimas três décadas.
Leia mais: Quase 30% perdem virgindade antes dos 15 no Brasil, diz estudo
Em quase todo o mundo, a atividade sexual começa, tanto para homens quanto para mulheres, entre 15 e 19 anos de idade, mas há uma tendência de que os homens tenham relações mais cedo.
Por outro lado, o fato de as pessoas estarem se casando mais tarde levou a uma alta na ocorrência do sexo antes do matrimônio.
Dois terços das pessoas solteiras na África afirmaram ter tido relações sexuais recentemente, enquanto, nos países desenvolvidos, este número sobe para 75% da população.
Quase um terço das pessoas com menos de 25 anos nos países desenvolvidos ouvidas no estudo disse ter tido diversos parceiros, enquanto na África, por exemplo, essas pessoas representavam uma pequena porcentagem da população.
A principal autora do estudo, Kaye Wellings, diz que o resultado pode significar que outros fatores podem ter maior influência na transmissão de doenças sexuais do que a promiscuidade.
"Fatores sociais como pobreza, migração interna e igualdade entre homens e mulheres podem ser um fator mais importante para a questão da saúde sexual", diz ela.
Homens e mulheres
A pesquisadora afirma que homens e mulheres têm relações sexuais por motivos diferentes e que isso deve ser levado em conta na hora de se formular políticas de saúde pública.
"A seleção das mensagens usadas pelos sistemas de saúde precisa ser guiada por evidências epidemiológicas e não por mitos e julgamentos morais", sugere Wellings.
Apesar de substancial variação regional na prevalência de muitos parceiros, que é geralmente mais alta em países industrializados, a maioria das pessoas diz ter tido apenas um parceiro sexual recente.
Trecho do estudo
Mas os autores do estudo também chamam atenção para o fato de que pesquisas sobre hábitos sexuais podem sofrer distorções por dependerem de relatos pessoais.
Haveria uma tendência dos participantes de responder às perguntas de acordo com o que é considerado "desejável" na sociedade em que vive. Muitas pesquisas verificam que o número de parceiros identificado pelos homens é muito maior que o das mulheres.
Na América do Sul, especialmente no Brasil, mais homens do que mulheres informam ter tido um ou mais parceiros sexuais recentes.
"Menos de 1% dos homens brasileiros contaram prostitutas entre seus três últimos parceiros", diz o estudo, que conclui que "a cultura latina de machismo" pode encorajar os homens a exagerar suas experiências sexuais, ao contrário das mulheres, que podem desejar omitir essas experiências.
Adolescentes e sexo
A pesquisa, que foi publicada pela revista médica The Lancet, descobriu ainda que, ao contrário do que se acredita, os adolescentes ao redor do mundo não estão começando a vida sexual mais cedo.
O estudo mostra que não há uma tendência de mudança na idade da primeira relação sexual nas últimas três décadas.
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Em quase todo o mundo, a atividade sexual começa, tanto para homens quanto para mulheres, entre 15 e 19 anos de idade, mas há uma tendência de que os homens tenham relações mais cedo.
Por outro lado, o fato de as pessoas estarem se casando mais tarde levou a uma alta na ocorrência do sexo antes do matrimônio.
Dois terços das pessoas solteiras na África afirmaram ter tido relações sexuais recentemente, enquanto, nos países desenvolvidos, este número sobe para 75% da população.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/263909/visualizar/
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