Morales teria usado 2º turno para pressionar Brasil
De acordo com a Folha de S.Paulo, o ultimato foi dado pelo vice-ministro de Coordenação Governamental, Héctor Arce, a oito dias do fim do prazo. Ele se encontrou com o chefe da campanha e ex-assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia, e elevou o tom dizendo que a Petrobras teria de deixar a Bolívia se não assinasse até sábado, véspera do segundo turno. O governo boliviano ameaçou ainda voltar a usar o Exército para ocupar as instalações da Petrobras, como ocorrera no dia do decreto da nacionalização.
Nesse mesmo dia, chegou a La Paz, em visita sigilosa, o secretário-executivo das Minas e Energia, Nelson Hubner, com o objetivo de acompanhar o fim das negociações. Segundo uma fonte do governo boliviano, sua visita teve o objetivo de fechar as negociações sobre a alíquota. Uma fonte do lado brasileiro, porém, disse que ele só seria acionado caso não houvesse um acordo dentro do prazo final -meia-noite de sábado.
O consenso finalmente saiu por volta das 19h (20h em Brasília). O governo brasileiro foi informado e repassou a informação ao Jornal Nacional.
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