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Meio Ambiente
Terça - 31 de Outubro de 2006 às 01:49

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Cientistas franceses reconstruíram a seqüência do DNA de um retrovírus que viveu há 5 milhões de anos, disse um estudo divulgado nesta segunda-feira pela revista americana Genome Research.

Mais importante que a reconstrução do retrovírus Fênix é o fato de que ele ainda pode produzir partículas infecciosas, segundo os cientistas do Institut Gustave-Roussy, do Centro Nacional de Pesquisa Científica, da Universidade de Paris e da Liga Nacional Contra o Câncer, da França.

Em seu relatório sobre a pesquisa, os cientistas afirmam que o Fênix é o ancestral de uma grande família de elementos móveis de DNA, alguns dos quais desempenham um papel crucial no câncer.

Segundo os cientistas, o estudo é o primeiro a gerar um retrovírus infeccioso a partir de um elemento móvel no genoma humano, e é um grande avanço na pesquisa dos retrovírus.

"O Fênix ficou congelado no tempo depois de se integrar ao genoma humano, há 5 milhões de anos. Em nosso estudo recuperamos seu estado ancestral e demonstramos que ele tem potencial infeccioso", disse o diretor do projeto, Thierry Heidmann.

O Fênix pertence a uma subcategoria de retrovírus conhecidos como "retrovírus humanos endógenos", que há milhões de anos inseriram cópias na seqüência genética do homem. Elas foram transmitidas de geração em geração e agora constituem cerca de 8% do genoma humano. Mas a maioria perdeu sua capacidade de funcionamento devido às mutações.

"O Fênix produziu descendentes genômicos que poderiam ser responsáveis pela síntese de partículas retrovirais observadas em alguns cânceres humanos", segundo Heidmann. "O trabalho nos ajudará a determinar o papel dos retrovírus neste tipo de doença", acrescentou.




Fonte: Agência EFE

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