Reforma extinguirá 500 cargos comissionados, diz governador

A reforma administrativa do Estado irá extinguir, ao menos, 500 dos 3 mil cargos de confiança existentes na estrutura do governo. A previsão foi feita pelo governador, ao informar que o corte é necessário para, de um lado, reduzir os custos da máquina administrativa e, de outro, torná-la mais dinâmica e eficiente.

"Vamos diminuir os cargos de confiança em pelo menos 500". Blairo Maggi explicou que os cortes serão maiores na área meio, especialmente na gestão sistêmica. A intenção é unir os setores administrativo, financeiro e de compra de várias secretarias, mas mantendo a autonomia dos secretários. "O secretário irá continuar determinando a política a ser implementada e sendo o ordenador de despesa".

O governador assegurou que os responsáveis pelos setores sistêmicos não irão, na prática, comandar as pastas, com os secretários fazendo o papel de "rainha da Inglaterra". Ele disse que a medida será adotada para diminuir custos e acabar com certa burocracia que existe, prejudicando a máquina administrativa.

Ele descartou a possibilidade de extinguir secretarias, porque cada categoria acha que a pasta é uma conquista. "É assim com Esporte, com a Cultura, com o Turismo. Cada categoria é contra a extinção, alegando que a criação das secretarias é uma conquista deles", observou, assinalando que, por isso, decidiu que não irá extinguir nenhuma secretaria.

"O projeto de reforma administrativa não prevê extinção de secretarias", garantiu. Blairo Maggi voltou a confirmar que alguns órgãos da administração indireta serão extintos, mas evitou, para não criar falsas expectativas, citar nomes de alguns deles. Mas é certo que todos aqueles que tem vinculação com o governo federal, como Imeq, Detran e Jucemat serão mantidos. (AI)