Falta de transporte na zona rural de Juína preocupa juiz

Na cidade de Juína a maior preocupação ontem era com a abstenção. O juiz eleitoral Geraldo Fernandes Fidelis Neto calculava ontem que a ausência do eleitor seria "muito maior" que no primeiro turno (20,28%). Um dos motivos para isso seria a falta de transporte da zona rural para a cidade. Segundo o juiz, é grande o número de eleitores da zona rural e a maioria acredita que a Justiça Eleitoral tem obrigação de garantir os meios para transporte nas eleições, o que não é verdade.

De qualquer forma, Fidelis requisitou nove microônibus e um ônibus da prefeitura que fizeram o trabalho de transporte de eleitores. Mas no segundo turno havia 21 ônibus. O juiz explica que para o primeiro turno havia sido criada uma comissão de transporte que contou com a colaboração financeira de partidos políticos para alugar os ônibus que ficariam à disposição dos eleitores. Em 1º de outubro somente o PSDB não participou da comissão. Para ontem, porém, nenhum partido quis colaborar com o transporte.

Conforme o juiz isso deve ter acontecido porque agora a disputa era só para presidente e não havia mais interesse dos inúmeros candidatos a deputado estadual e federal em garantir a presença dos eleitores na votação. Nem mesmo os partidos dos candidatos a presidente, PT e PSDB, demonstraram interesse.

Juina, a 737 quilômetros distante de Cuiabá, foi a cidade no Estado que conseguiu 100% de mesários voluntários. Fidelis destaca, satisfeito, que todos compareceram para trabalhar ontem, apesar de ter havido uma festa na cidade no sábado, véspera da eleição.

Não houve nenhum prisão na cidade e nem qualquer substituição de urna. São 27.395 eleitores no município.

Alta Floresta - Também na região norte do Estado, Alta Floresta registrou uma eleição tranquila, sem qualquer prisão ou troca de urna eletrônica. Já em Sinop sete urnas tiveram que ser substituidas pelas da reserva técnica. Mas não houve necessidade de utilização das urnas de lona.

Em Sorriso a votação foi totalmente tranquila, sem prisões e sem substituições de urnas.