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Politica Brasil
Segunda - 30 de Outubro de 2006 às 04:33
Por: Auro Ida

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Ao contrário dos grandes centros de Mato Grosso, o apoio do governador Blairo Maggi a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve influência suficiente para "virar" o resultado nos municípios mato-grossenses onde a economia é voltada para o agronegócio e ao extrativismo. Nessas localidades, o candidato derrotado do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, ganhou, até com certa com folga, mas sem a expressividade do primeiro turno.

O tucano não conseguiu, no segundo turno, conquistar votos dos indecisos e muito menos dos outros candidatos presidenciais que não foram para o segundo turno. Mesmo nas áreas produtores, ele perdeu, inclusive, alguns pontos importantes. Em Primavera do Leste, por exemplo, centro produtor de soja e algodão, Lula obteve, no primeiro turno, 28,37% dos votos válidos e, no segundo, 36,9%, enquanto o candidato tucano, respectivamente, 66,22% e 63,09%.

Já em Sorriso, maior produtor de soja do Estado, a vantagem de Alckmin (60% e 54,8%) para Lula (35,2% e 45,1%) caiu de 25% no primeiro turno para pouco mais de 9%. Mas em Lucas do Rio Verde, outro centro produtor, o petista conseguiu encostar, passando de 37,9% para 49,7%, enquanto o tucano caia de 56,6% para 53,2%.

Em Sapezal, cidade criada por André Maggi, pai do governador, o candidato tucano manteve-se na frente. Geraldo Alckmin perdeu 8%, passando de 61,6% para 53,2%, enquanto Lula cresceu de 33,3% para 46,7%. Em Nova Mutum, outra fronteira agrícola, o desempenho dos candidatos também se repetiu. O petista subiu de 31,7% no primeiro turno para 41,6% e o tucano, por sua vez, caiu de 61,4% para 58,3%.

Até mesmo em Ipiranga do Norte, onde começou a manifestação contra a política agrícola do presidente Lula, o candidato petista conseguiu "roubar" votos de Geraldo Alckmin. Ele cresceu de 28,6% para 36,7% e o tucano caiu de 66,1% para 63,2%. Se a influência de Maggi a favor de Lula pode ser notada claramente nos municípios agrícolas, o mesmo não ficou tão visível nas cidades cuja economia é baseada no extrativismo.

Mesmo caindo na preferência popular, Alckmin conseguiu se manter na casa dos 60% dos votos. Em Alta Floresta, ele obteve, respectivamente, 65,4% e 61,6% e Lula, por sua vez, passou de 31,9% para 38,4%. A mesma oscilação ocorreu em Sinop, maior pólo madeireiro do Estado, onde o desempenho do tucano foi de 67,5% e 64,4% contra 26,4% e 35,5% do petista.

No outro extremo de Mato Grosso, em Aripuanã, no meio da floresta amazônica, o desempenho de Alckmin também se repetiu, passando 66,9% no primeiro turno para 62,6% no segundo, enquanto Lula cresceu de 30,2% para 37,3%.




Fonte: A Gazeta

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