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Politica Brasil
Segunda - 30 de Outubro de 2006 às 01:17
Por: Téo Menezes

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Dirigentes estaduais do PT divergem sobre a aproximação com o governador reeleito Blairo Maggi, apesar da maioria avaliar que o apoio do chefe do executivo ajudou o partido no segundo turno da disputa presidencial. Enquanto a ala mais radical insiste na oposição ao governo do Estado, setores menos conservadores já admitem publicamente adesão à "turma da botina".

O apoio a Maggi foi defendido ontem pelo vereador por Cuiabá Lúdio Cabral e petistas ligados ao deputado federal Carlos Abicalil. Ambos alegam que o governador ajudou eleitoralmente Lula no segundo turno e o apoio deve ocorrer como parte do projeto de coalizão política do governo federal.

"Temos que estar no grupo do governo do Estado porque precisamos buscar o que é melhor para Mato Grosso", afirmou Lúdio, durante apuração de votos no Centro de Eventos do Pantanal. Ele alega ainda que a campanha ao governo não deixou seqüelas entre PT e Maggi.

Apesar de admitir a aproximação, Abicalil foi mais cauteloso. "Não vejo incompatibilidade política nesse processo. Se houver convergência de propostas que busquem o melhor para o Estado, isso é possível", completou.

O grupo ligado à senadora Serys Marly, presidente estadual da sigla, se mostra menos receptivo à idéia. O suplente da senadora, professor Vanderley Pignati, é um exemplo da discórdia. Ele argumenta que o PT disputou o governo contra Maggi, o que dificultaria a aproximação. "Nossos deputados foram eleitos por uma coligação que tinha propostas. Essas propostas devem continuar sendo defendidas por eles", afirma, ao se referir aos deputados Ságuas Moraes e Ademir Brunetto.

O posicionamento crítico de Pignati ganha respaldo da corrente Articulação de Esquerda e de militantes contrários ao governo. O presidente do PT cuiabano, Jairo Rocha, também admite que Maggi ajudou Lula, porém, o apoio no Estado deve ocorrer somente se isso for vontade da maioria dos correligionários. O mesmo diz Serys. "O projeto do Blairo não é o mesmo do PT, mas a relação institucional tem que ser discutida pelo partido. E isso vai ser feito na hora certa", completa a senadora.




Fonte: A Gazeta

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