Repórter News - reporternews.com.br
Artista se prepara para celebrar o centenário do frevo
Faltam menos de quatro meses para a folhinha do calendário alcançar o dia 9 de fevereiro de 2007. Ou Nove de Frevereiro, como graceja o título do projeto do multiinstrumentista, ator e dançarino pernambucano Antonio Nóbrega. O nome faz uma alusão à data que foi institucionalizada como a do centenário do frevo. É uma data simbólica, já que foi em 9 de fevereiro de 1907 que a palavra frevo saiu publicada pela primeira vez. Deu no Jornal Pequeno, do Recife.
Pois para Nóbrega, a contagem regressiva começou já no início deste ano, quando ele lançou o primeiro CD da série Nove de Frevereiro e realizou espetáculos inspirados no projeto para platéias lotadas. Para aquele primeiro trabalho, ele compilou frevos de antigos compositores, alguns deles esquecidos. Agora, como havia prometido, acaba de lançar o segundo volume (pelo selo Brincante e distribuição da Distribuidora Independente, da Trama), com um repertório mais abrangente, maior apuro musical, participações especiais, além de um livreto que o acompanha, que é um mimo: traz partitura; nomes de passos do frevo; abecedário com os principais compositores do gênero; fotos feitas especialmente pelo amigo Walter Carvalho, e um belo ensaio fotográfico de Pierre Verger e seu olhar estrangeiro sobre a ferveção pelas ruas recifenses. "É a coleção de fotos mais expressiva que conheci", diz ele.
Neste segundo Nove de Frevereiro, Nóbrega deixa-se levar por uma seleção afetiva de frevos, na qual não ficam de fora desde mestres como Capiba, em "Segura no Meu Braço", "Dia Azul" e "Madeira Que Cupim Não Rói", até autores de uma geração mais recente, como Moraes Moreira, em "Roda e Avisa" e "Desembaça Aí", e, por que não?, ele próprio.
"Eu poderia ter feito um CD autoral, mas não achei o caso. Por outro lado, também queria dar minha contribuição, que de alguma maneira fosse símbolo de como vejo as várias formas do frevo", diz Nóbrega. Estão lá seus frevos-de-bloco, de rua e canção: "Avenida Brasil", "Festim", "Tirando a Casaca" e "Fervo", a maioria deles compostos com parceiros. Vale a breve explicação: frevo-de-rua é o nome dado à música instrumental e frevo-canção, quando cantada.
O primeiro volume do projeto para o segundo dá um salto ainda no que diz respeito ao trato musical. Enquanto naquele primeiro, Nóbrega se ateve a uma paisagem mais ou menos tradicional do frevo, neste segundo exemplar ousou um pouco mais. Cercou-se de convidados especiais, como a Banda Mantiqueira, a Orquestra de Frevo, Papo de Anjo, Orquestra Retratos do Nordeste, Sujeito a Guincho, Quinteto Villa-Lobos e Quinteto da Paraíba, e, ao lado deles, deu nova concepção à configuração timbrística dos frevos.
Instrumentos - Não é de hoje que Nóbrega coloca seus violinos a serviço do frevo. Ele lembra da vez que lhe fizeram a seguinte pergunta: "O que existe entre o violino e o frevo?" A resposta foi uma paráfrase ao que disse Drausio Tavares quando se deparou com questionamento semelhante. "Quando perguntaram a Drausio o que havia entre a ficção científica e a literatura de cordel, respondeu que havia ele. E entre o frevo e o violino, existo eu", diverte-se.
Pois para Nóbrega, a contagem regressiva começou já no início deste ano, quando ele lançou o primeiro CD da série Nove de Frevereiro e realizou espetáculos inspirados no projeto para platéias lotadas. Para aquele primeiro trabalho, ele compilou frevos de antigos compositores, alguns deles esquecidos. Agora, como havia prometido, acaba de lançar o segundo volume (pelo selo Brincante e distribuição da Distribuidora Independente, da Trama), com um repertório mais abrangente, maior apuro musical, participações especiais, além de um livreto que o acompanha, que é um mimo: traz partitura; nomes de passos do frevo; abecedário com os principais compositores do gênero; fotos feitas especialmente pelo amigo Walter Carvalho, e um belo ensaio fotográfico de Pierre Verger e seu olhar estrangeiro sobre a ferveção pelas ruas recifenses. "É a coleção de fotos mais expressiva que conheci", diz ele.
Neste segundo Nove de Frevereiro, Nóbrega deixa-se levar por uma seleção afetiva de frevos, na qual não ficam de fora desde mestres como Capiba, em "Segura no Meu Braço", "Dia Azul" e "Madeira Que Cupim Não Rói", até autores de uma geração mais recente, como Moraes Moreira, em "Roda e Avisa" e "Desembaça Aí", e, por que não?, ele próprio.
"Eu poderia ter feito um CD autoral, mas não achei o caso. Por outro lado, também queria dar minha contribuição, que de alguma maneira fosse símbolo de como vejo as várias formas do frevo", diz Nóbrega. Estão lá seus frevos-de-bloco, de rua e canção: "Avenida Brasil", "Festim", "Tirando a Casaca" e "Fervo", a maioria deles compostos com parceiros. Vale a breve explicação: frevo-de-rua é o nome dado à música instrumental e frevo-canção, quando cantada.
O primeiro volume do projeto para o segundo dá um salto ainda no que diz respeito ao trato musical. Enquanto naquele primeiro, Nóbrega se ateve a uma paisagem mais ou menos tradicional do frevo, neste segundo exemplar ousou um pouco mais. Cercou-se de convidados especiais, como a Banda Mantiqueira, a Orquestra de Frevo, Papo de Anjo, Orquestra Retratos do Nordeste, Sujeito a Guincho, Quinteto Villa-Lobos e Quinteto da Paraíba, e, ao lado deles, deu nova concepção à configuração timbrística dos frevos.
Instrumentos - Não é de hoje que Nóbrega coloca seus violinos a serviço do frevo. Ele lembra da vez que lhe fizeram a seguinte pergunta: "O que existe entre o violino e o frevo?" A resposta foi uma paráfrase ao que disse Drausio Tavares quando se deparou com questionamento semelhante. "Quando perguntaram a Drausio o que havia entre a ficção científica e a literatura de cordel, respondeu que havia ele. E entre o frevo e o violino, existo eu", diverte-se.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/264577/visualizar/
Comentários