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Politica Brasil
Domingo - 29 de Outubro de 2006 às 10:09

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A eleição deste ano remonta a uma disputa entre Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos.Em 1998, o socialista perdeu para o peemedebista pela diferença de mais de um milhão de votos, logo no primeiro turno. Enquanto Jarbas aposta suas fichas no apoio a Mendonça Filho (PFL), Eduardo Campos (PSB) quer não apenas a vitória, mas, sim, dar o "troco" em nome do seu avô. A "revanche" é protagonizada por dois políticos de uma nova geração - Mendonça tem 40 anos e Campos, 41 -, mas que representam projetos políticos que têm história na política pernambucana, segundo a Folha de Pernambuco.

Alvo principal da União por Pernambuco, no primeiro turno, o então candidato do PT, Humberto Costa, ficou em terceiro, embora com uma votação além do esperado: 1.008.842 votos, equivalentes a 25,14%. De imediato, o petista anunciou apoio a Eduardo Campos. PTB, PCdoB, PMN e PRB, que fizeram parte da coligação Melhor pra Pernambuco, também aderiram à candidatura socialista. Ainda juntou-se ao grupo o ex-candidato Clóvis Corrêa (Prona).

Na reta final da campanha, tanto adversários quanto aliados de Mendonça Filho passaram a avaliar que a estratégia de atacar Humberto, de forma incisiva, foi um erro, pois Campos tornou-se um concorrente muito mais perigoso. Tanto que, desde a primeira pesquisa de intenção de voto, o candidato do PSB apareceu à frente do pefelista.

Enquanto as forças de esquerda se uniram de um lado, a União por Pernambuco ganhou apoio dos ex-candidatos a governador Luiz Vidal (PSDC) e Rivaldo Soares (ex-PSL). E apesar de não declarar publicamente, Mendonça chegou ao segundo turno com uma posição mais "agressiva". Já na reta final, na última semana de campanha, o pefelista sentiu com a saída de aliados "traidores", como ele mesmo denominou.

Se antes a estratégia era tirar votos de Humberto Costa - vinculando o ex-ministro da Saúde ao escândalo dos Vampiros e Sanguessugas - com Campos, a estratégia volta-se para a operação dos precatórios, realizada na gestão arraesista. O pefelista explorou largamente o assunto e chegou a declarar ser capaz de provar que a movimentação financeira seria uma "fraude".

Eduardo Campos também mudou de estratégia para o segundo turno. Adotou o estilo "paz e amor" e, nos debates, pontuava que o "povo estava cansado de discutir o passado". Também continuou ligando sua imagem à de Miguel Arraes e ao presidente Lula.





Fonte: Agência Nordeste

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