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Lula e Alckmin mantêm ataques após o último debate
Logo após o debate de sexta-feira, na TV Globo, os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) continuaram a se atacar mirando justamente o que seriam seus pontos fracos: corrupção e segurança.
Ao afirmar que o Brasil talvez seja o país que mais combate a corrupção no mundo, Lula destacou a preparação e o trabalho da Polícia Federal e mirou o adversário.
"Oitenta por cento dos casos que a PF desvendou começaram antes de 2003" disse Lula, aumentando o tom das acusações. "O que acontecia no tempo do regime militar e depois nos dois governos que nós tivemos é que a corrupção era escondida. A corrupção só vai aparecer se você combatê-la."
Alckmin, por sua vez, reiterou a insinuação feita durante o debate de ligação entre o PCC, bando criminoso que comandou ações de dentro dos presídios de São Paulo, e o partido do presidente.
"O ataque do PCC não foi geração espontânea. É claro que isso tem ligação com o processo eleitoral", afirmou Alckmin, dizendo ainda que "na Colômbia as Farc nasceram na política em torno do crime, e aqui o crime entrou para a política."
Os dois candidatos só baixaram o tom ao buscar uma mensagem final para a campanha marcada por radicalismos. Lula destacou a "democracia plena" que marcou a eleição e disse sair confiante do processo.
"Estou certo que o povo brasileiro está consciente desse momento histórico, sabe que o país melhorou e vai melhorar mais porque as coisas estão arrumadas" falou, em mais uma referência ao que apresentou durante toda a campanha como as condições econômicas para que o país eleve sua taxa de crescimento.
Alckmin também se disse satisfeito com a campanha, na qual pode "abrir o coração", mas destacou o que considerou uma desvantagem na disputa eleitoral.
"Foi Davi contra Golias, um fora do governo, sem a máquina do governo, enfrentando a máquina do governo," desabafou.
REPERCUSSÕES
Para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder do partido no Senado, Lula chegou a ser vulgar durante o debate. "O Geraldo Alckmin fechou muito bem, fechou de maneira grande. Lula, de novo, fechou mal, com vulgaridades", disse o senador, acrescentando que o tucano se saiu muito bem ao abordar temas como Amazônia, corrupção e impostos.
"Achei o Lula extremamente agressivo, chegou uma hora que o Geraldo quase falou: ''você quer me abraçar ou me bater''. Ele não está tolerando crítica", acrescentou.
Já Dilma Roussef, ministra-chefe da Casa Civil, ressaltou que o debate colocou em discussão os temas do dia-a-dia das pessoas, mas deixou a desejar em questões nacionais, como a política de desenvolvimento, a macroeconomia e a política externa. "Não houve um verdadeiro debate sobre os rumos do país, mas isso foi compensado por ser um debate mais concreto sobre os interesses da população", disse Dilma.
"Eu acho que o Lula estava muito bem e, nesse ponto que a eleição está, o debate acentua uma tendência predominante, que é a tendência de vitória do presidente", acrescentou.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), acredita que o debate foi equilibrado. "Os dois candidatos tiveram bom desempenho, mas não acredito que tenham trazido alguém para seu lado", avaliou.
Ao afirmar que o Brasil talvez seja o país que mais combate a corrupção no mundo, Lula destacou a preparação e o trabalho da Polícia Federal e mirou o adversário.
"Oitenta por cento dos casos que a PF desvendou começaram antes de 2003" disse Lula, aumentando o tom das acusações. "O que acontecia no tempo do regime militar e depois nos dois governos que nós tivemos é que a corrupção era escondida. A corrupção só vai aparecer se você combatê-la."
Alckmin, por sua vez, reiterou a insinuação feita durante o debate de ligação entre o PCC, bando criminoso que comandou ações de dentro dos presídios de São Paulo, e o partido do presidente.
"O ataque do PCC não foi geração espontânea. É claro que isso tem ligação com o processo eleitoral", afirmou Alckmin, dizendo ainda que "na Colômbia as Farc nasceram na política em torno do crime, e aqui o crime entrou para a política."
Os dois candidatos só baixaram o tom ao buscar uma mensagem final para a campanha marcada por radicalismos. Lula destacou a "democracia plena" que marcou a eleição e disse sair confiante do processo.
"Estou certo que o povo brasileiro está consciente desse momento histórico, sabe que o país melhorou e vai melhorar mais porque as coisas estão arrumadas" falou, em mais uma referência ao que apresentou durante toda a campanha como as condições econômicas para que o país eleve sua taxa de crescimento.
Alckmin também se disse satisfeito com a campanha, na qual pode "abrir o coração", mas destacou o que considerou uma desvantagem na disputa eleitoral.
"Foi Davi contra Golias, um fora do governo, sem a máquina do governo, enfrentando a máquina do governo," desabafou.
REPERCUSSÕES
Para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder do partido no Senado, Lula chegou a ser vulgar durante o debate. "O Geraldo Alckmin fechou muito bem, fechou de maneira grande. Lula, de novo, fechou mal, com vulgaridades", disse o senador, acrescentando que o tucano se saiu muito bem ao abordar temas como Amazônia, corrupção e impostos.
"Achei o Lula extremamente agressivo, chegou uma hora que o Geraldo quase falou: ''você quer me abraçar ou me bater''. Ele não está tolerando crítica", acrescentou.
Já Dilma Roussef, ministra-chefe da Casa Civil, ressaltou que o debate colocou em discussão os temas do dia-a-dia das pessoas, mas deixou a desejar em questões nacionais, como a política de desenvolvimento, a macroeconomia e a política externa. "Não houve um verdadeiro debate sobre os rumos do país, mas isso foi compensado por ser um debate mais concreto sobre os interesses da população", disse Dilma.
"Eu acho que o Lula estava muito bem e, nesse ponto que a eleição está, o debate acentua uma tendência predominante, que é a tendência de vitória do presidente", acrescentou.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), acredita que o debate foi equilibrado. "Os dois candidatos tiveram bom desempenho, mas não acredito que tenham trazido alguém para seu lado", avaliou.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/264935/visualizar/
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