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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 17:11

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O presidente Luiz Inácio Lula de Silva e seu rival Geraldo Alckmin se concentram para o debate de sexta-feira, o último antes do pleito de domingo. Se as pesquisas estiverem certas, o encontro frente à frente entre os dois candidatos será um mero trâmite para a reeleição de Lula.

As eleições, segundo afirmam todas as pesquisas, não apresentarão nenhuma surpresa e Lula pode ser reeleito com mais de vinte pontos percentuais de vantagem.

Essa projeção foi reforçada com duas pesquisas divulgadas hoje pelas empresas Sensus e Vox Populi, segundo as quais Lula ganhará com mais de 60% dos votos válidos., contra 36,8% de Alckmin. Segundo o Sensus, Lula terá 63,2% contra 36,8% de Alckmin, enquanto o Vox Populi atribui 61% a Lula e 39% a Alckmin Ambos decidiram reservar o dia de hoje para se preparar para o debate, após haver fechado suas campanhas nas ruas na quarta-feira na cidade de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.

Nos discursos para seus eleitorados tanto Lula quanto Alckmin fizeram várias acusações mútuas, mantendo o tom agressivo que marcou a campanha.

O otimismo era evidente hoje no comitê de campanha de Lula, baseado sobretudo nas sondagens que prevêem uma vitória arrasadora do atual presidente.

No entanto, o chefe de campanha, Marco Aurélio Garcia, tentou conter o entusiasmo e alertou hoje a militância do PT que "as eleições são no domingo e até esse dia é preciso continuar trabalhando".

A oposição também não quer se basear apenas nas pesquisas, não dando o braço a torcer e insistindo em que pode haver surpresas, como no primeiro turno, quando a reeleição ficou atravessada na garganta de Lula.

O presidente também tinha chegado a essa fase como claro favorito para vencer com mais de 50% dos votos, mas estagnou em 48,61%, contra 41,64% de Alckmin.

"O primeiro turno demonstrou que as pesquisas são muito relativas", disse hoje à "Rádio CBN" o senador José Jorge, candidato a vice-presidente na chapa de Alckmin. Segundo o senador, "ninguém pode ficar desanimado por causa das pesquisas" e a última palavra será dada pela apuração oficial.

Alckmin manifestou opinião parecida a seus partidários em seu último comício, no qual afirmou que, apesar das sondagens, "a vantagem (de Lula) é pequena" e "haverá uma reviravolta" nas vésperas das eleições.

Lembrou que "contra todas as previsões" chegou ao segundo turno e assegurou que agora voltará a "derrotar" as pesquisas.

No entanto, setores que apóiam Alckmin começam a notar a falta de entusiasmo e há quem fale publicamente em uma derrota anunciada.

O mais claro até agora foi o senador Álvaro Dias (PSDB), que admitiu que a diferença mostrada pelas pesquisas "parece ser definitiva".

Lula acredita no mesmo e no encerramento de sua campanha de rua transbordou otimismo, apesar de pedir a seus correligionários comedimento. Ele disse que "não tem dúvida" de sua vitória.

Nem Lula nem Alckmin tiveram compromissos de campanha hoje, em um dia que foi reservado quase totalmente na preparação para o último debate, que será na sexta-feira à noite na "TV Globo".

Hoje, Alckmin deu apenas uma entrevista ao jornal "Estado de São Paulo", na qual reiterou suas acusações contra Lula por recentes escândalos de corrupção no Governo e no PT.

Lula participou de alguns atos no Palácio do Planalto e se trancou com assessores para discutir sua estratégia para o último debate da campanha, que até agora, segundo as pesquisas, foram úteis para que ele somasse mais votos.





Fonte: EFE

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