"Reeleição deve ser repensada e extinta", diz ministro do TSE
Asfor Rocha disse ser difícil manter a igualdade entre os participantes de uma eleição majoritária quando há detentores de cargos públicos envolvidos. "É praticamente impossível fazer a separação entre administrador e candidato", completou o ministro.
A necessidade de aprimoramento da legislação no controle dos administradores que são candidatos à reeleição também foi defendida pelo ministro. Ele afirmou que desde o estabelecimento do instituto da reeleição para cargos majoritários, sem a obrigatoriedade do afastamento, nada foi mudado na legislação, em especial na Constituição Federal.
O ministro ainda posicionou-se contra o financiamento público de campanha eleitoral. "A utilização de recursos particulares vai passar a acontecer de maneira disfarçada, além de onerarmos ainda mais o contribuinte", opinou.
O ministro elogiou a eficiência do TRE na condução do pleito deste ano e apontou o alto nível de politização da população gaúcha, o que "contribui com o trabalho da Justiça Eleitoral", sentenciou.
Asfor Rocha encerra hoje, no Rio de Janeiro, o roteiro de visitas aos 10 estados onde haverá segundo turno para governador.
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