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Meio Ambiente
Quinta - 26 de Outubro de 2006 às 14:19

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Cientistas dos Estados Unidos estão desenvolvendo um tradutor em que o usuário precisa apenas balbuciar a palavra em sua própria língua - mesmo sem emitir sons - para que o aparelho então repita a palavra no idioma desejado.

O aparelho, ainda em fase de desenvolvimento, usa eletrodos, que são colocados no pescoço e no rosto para detectar os movimentos que ocorrem quando a pessoa forma palavras e frases, sem a necessidade de emitir sons.

Usando os dados detectados, um computador consegue entender os sons formados e transformá-los em palavras. O sistema então traduz as palavras para outra língua, e o resultado é reproduzido por uma voz sintetizada.

Os sistemas de tradução que existem hoje em dia usam uma tecnologia diferente, de reconhecimento de voz. Mas isso exige que o usuário fale alto e espere que a tradução seja feita, o que dificulta a conversação.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo projeto, da Universidade Carnegie Mellon, o novo tradutor simultâneo cria um efeito semelhante ao de um programa de televisão dublado.

Eficiência

Os estudiosos já desenvolveram dois protótipos, um que traduz do chinês para o inglês e outro que traduz do inglês para o espanhol ou alemão.

Usando um pequeno vocabulário de entre cem e 200 palavras, os protótipos funcionaram com precisão de 80%, de acordo com a pesquisadora Tanja Schultz.

Mas o nível de precisão cai com o uso de um vocabulário mais complexo.

"A idéia é que você apenas movimente os lábios e palavras sejam traduzidas em chinês ou outra língua", disse Schultz.

O objetivo é desenvolver a tecnologia a ponto de que os usuários possam ter uma conversa normal usando o aparelho. Segundo os pesquisadores, esse objetivo está "ao alcance".

"Esse trabalho parece interessante. A maioria das equipes está trabalhando na tradução de dados em diferentes línguas, mas esse é um trabalho diferente do que já vi porque não está usando como base um sinal acústico", disse Phil Woodland, professor de Engenharia da Informação da Universidade de Cambridge.

O estudo foi publicado na última edição da revista New Scientist.





Fonte: BBC Brasil

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