Alckmin assina carta em que se compromete a não convocar Constituinte
A chamada "mini-constituinte" provocou polêmica, com sua proposta de convocar uma assembléia a parte somente para aprovar uma reforma política.
A carta de compromisso foi uma iniciativa da Academia Brasileira de Direito Constitucional, entidade que reúne advogados da PUC, que entregou o documento ao tucano após a sabatina promovida hoje pelo jornal "O Estado de São Paulo".
Segundo o presidente da Academia, Flávio Pansieri, o candidato Lula ainda não assinou com a justificativa de que precisaria consultar assessores.
"O nosso grande receio é que, após as eleições, seja convocada uma assembléia constituinte, o que constitui uma forma velada de golpe constitucional", disse Pansieri, citando como exemplos a Venezuela e a Bolívia.
Pansieri negou que a iniciativa seja uma forma "velada" de crítica ao candidato do PT. "Essa proposta já vem tramitando há seis anos. Agora, a própria Constituição já prevê as condições para sua modificação".
Para o advogado, uma nova Constituinte facilitaria a modificação de "cláusulas importantes", como as leis trabalhistas, porque exigiria um quórum menor para fazer alterações na Carta do que o Congresso para aprovar emendas constitucionais.
Em agosto, depois de propor uma Assembléia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política, o governo mudou o discurso e agora defende a aprovação da matéria por qualquer meio. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse à época que para o presidente Lula não importava a forma como a reforma fosse votada, mas sua aprovação.
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