Yeda e Olívio adotam clima de despedida no RS

No penúltimo dia de horário eleitoral gratuito neste 2º turno, os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) e Olívio Dutra, do PT, adotaram um clima de despedida, relembrando as propostas apresentadas e pedindo votos. A troca de acusações, embora em menor virulência, ainda persiste.

Olívio reiterou que suas propostas, como redução de ICMS para alguns setores produtivos e renegociação da dívida do RS, serão mais fáceis de implementar em sintonia com o governo Lula.

O petista também salientou o que pretende fazer pelo agronegócio. "Para diminuir a crise no campo, pretendemos reduzir em 20% o ICMS do óleo diesel, além de aumentar a parceria com Lula para o programa de seguros de preços agrícolas, que permite financiamento para custeio com preços equivalentes ao produto", afirmou o petista.

O programa do PT relembrou as personalidades que estão com Olívio. Deram seus depoimentos o cantor Leonardo, o escritor Armindo Trevisan e Frei Betto.

Yeda Crusius iniciou o programa no rádio disparando contra a coligação de Olívio. "O PT diz uma coisa e faz outra. Olívio insiste que vai reduzir impostos. Na campanha anterior, ele disse o mesmo e, depois de eleito, tentou aumentar impostos por três vezes", afirmou o locutor, citando novamente depoimento do então presidente da Assembléia Legislativa do RS, Paulo Odone.

A artilharia seguiu em frente. O presidente da Força Sindical do RS, Cláudio Janta, disse: "afirmo que foi Olívio quem mandou a Ford embora. Nosso medo é que isto se repita com a Toyota. A empresa está esperando o resultado das eleições para anunciar a fábrica no Brasil".

O programa tucano relembrou o perfil público de Yeda Crusius, sua trajetória como deputada, ministra e professora. "Governo existe para melhorar a vida das pessoas, para que elas tenham direito de trabalhar e viver com dignidade", relatou Yeda.