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Politica Brasil
Quarta - 25 de Outubro de 2006 às 14:36
Por: Gabriela Guerreiro

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O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vai apresentar requerimento à comissão solicitando que os documentos produzidos ou sob análise sejam disponibilizados a todos os membros da Mesa Diretora. Jungmann quer que, além do presidente Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), o relator Amir Lando (PMDB-RO), os sub-relatores e ele próprio, assim como seus assessores, tenham livre acesso aos documentos sem interferência de Biscaia.

"Cada parlamentar é responsável pelos seus atos, tem conhecimento do Código de Ética da Casa. Quando há documentos sigilosos, o parlamentar é que tem que responder se vazar informações", disse.

O requerimento de Jungmann foi protocolado depois do impasse criado com Biscaia sobre o relatório preliminar da Polícia Federal de Cuiabá sobre o dossiegate. Biscaia teve acesso ao documento nesta terça-feira, determinou que o material fosse numerado, mas autorizou o acesso aos demais membros da CPI somente nesta manhã.

Jungmann e Biscaia também trocaram farpas a respeito do conteúdo do material. O presidente da CPI chegou a revelar que, além do relatório preliminar, também tinha recebido as quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico já autorizadas pela Justiça Federal dos acusados de envolvimento na compra do dossiê. Depois de receber ofício do juiz Jefferson Schneider, que comanda as investigações do dossiê no Mato Grosso, Jungmann revelou que somente parte da documentação havia chegado, sem incluir as quebras de sigilo.

Obstrução

Esta manhã, Jungmann voltou a acusar a Polícia Federal e Justiça Federal de Cuiabá de estarem obstruindo as investigações da CPI. "Os avulsos [que chegaram à comissão] não traziam nada de novo. As principais informações para essa investigação estão sendo sonegadas. O Congresso Nacional está tendo o seu poder de investigação obstruído", criticou.

O deputado disse que vai pedir a Biscaia que entre em contato com a PF, em Cuiabá, para solicitar a transcrição do depoimento de Abel Pereira, concedido na última segunda-feira ao delegado Diógenes Curado.

"Precisamos desse depoimento para entendermos que se passou na administração do ex-ministro Barjas Negri", disse.





Fonte: Folha Online

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