Erros médicos causam até 50.000 mortes em hospitais italianos

Os erros cometidos nos hospitais italianos causam a morte de 14.000 a 50.000 pessoas por ano, segundo denunciou em Milão a Associação Italiana de Oncologia Médica (AIOM) durante sua convenção nacional.

Segundo essa instituição, as mortes por erros médicos devido a equívocos nas salas de cirurgia, diagnósticos tardios ou troca de remédios, entre outros, superam as mortes anuais por acidentes de trânsito, por câncer ou por infartos.

A maior parte dessas mortes ocorre nas salas de cirurgia (32%), enquanto por especialidades, o maior número de erros ocorre em Ortopedia (16,5%), seguido de Oncologia (13%), Obstetrícia (10,8%) e Cirurgia Geral (10,6%).

As pessoas atingidas de alguma maneira pelos erros médicos ou pelo mau funcionamento do sistema de saúde somam 320.000 ao ano e os custos equivalem a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) italiano, assinalou a AIOM.

Citada pela imprensa local, a ministra da Saúde, Livia Turco, indicou hoje que não existem dados oficiais, "nem na Itália nem no mundo", sobre as mortes por erros médicos, mas assinalou que os números são "alarmantes".

Acrescentou que no início de outubro instituiu no seu Ministério um centro de segurança para os pacientes, que não existia no país e que nos próximos dias estará em rede com as instituições européias similares, com o objetivo de enfrentar e frear esse problema.