Dólares foram sacados por laranjas da mesma família
Segundo uma fonte ligada à investigação, a PF tenta, agora, agendar o depoimento destes supostos laranjas no inquérito que apura o caso, o que poderá ocorrer ainda esta semana. O grupo, de acordo com o informante, é composto por pessoas de uma mesma família, de origem humilde, residente no subúrbio do Rio de Janeiro.
Os documentos dessas pessoas podem ter sido utilizados sem a autorização delas para a compra dos 248,8 mil dólares apreendidos no dia 15 do mês passado juntamente com 1,1 milhão de reais. O dinheiro estava em poder do petista Valdebran Padilha, que mora em Cuiabá, e de Gedimar Passos, em um hotel na capital paulista.
A maior parte do montante em moeda americana foi adquirido, segundo a fonte, na Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, uma agência de turismo instalada em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
O policial destaca, no entanto, que o fato de parte dos recursos ter sido adquirida nessa casa de câmbio não significa que ela esteja envolvida em irregularidades. A PF já recebeu do Banco Central todas as informações relativas à Vicatur. A empresa está em atividade há cerca de 20 anos e, desde abril de 1999, possui autorização para comercializar dólares.
Origem - O grande número de cédulas em reais dificulta saber a origem do dinheiro, que viria também do jogo do bicho. Os dólares, por outro lado, tiveram origem legal e foram achados com lacres que identificaram ser do mesmo lote. Somam US$ 248 mil - confira abaixo reprodução das fitas que lacravam as notas.
Os dólares chegaram ao Brasil num lote de US$ 29 milhões, através do banco Sofisa. A suspeita de que o dinheiro passou pela Centauruss foi levantada pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-presidente da CPMI dos Sanguessugas, que disse que US$ 150 mil saíram de Santa Catarina, terra natal de Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco da campanha do presidente Lula, acusado pela PF de ter orquestrado a compra do dossiê.
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