Rice afirma que jornalista Anna Politkovskaya era sua "heroína"
Sem jornalistas independentes a democracia não pode funcionar", disse Rice em uma entrevista ao jornal "Novaya Gazeta", para o qual Politkovskaya trabalhava desde 1999.
Rice, que deixou Moscou no domingo após reuniões com o Kremlin sobre a crise nuclear norte-coreana, expressou sua admiração pela repórter, "porque ela buscava a verdade e não se importava com o preço que teria que pagar".
Politkovskaya, nascida em Nova York, em 1958, em uma família de diplomatas soviéticos de origem ucraniana, possuía as cidadanias russa e americana.
Rice ressaltou também que a perda de pessoas como Politkovskaya "não são em vão, já que no fim das contas a liberdade vencerá".
"O jornalismo é uma profissão perigosa. Vocês fazem muitos inimigos. Falamos daqueles que têm muito a perder se a verdade for publicada", afirmou.
A secretária de Estado americana ressaltou que o assassinato teve "um grande impacto no mundo todo. Muitos foram os que pediram uma investigação e a punição dos culpados".
"Quero insistir em que os vocês não estão sozinhos em sua luta. A imprensa independente é muito importante para qualquer sociedade, particularmente para aquelas que se encontram em um processo de transição", disse.
A Promotoria russa anunciou na sexta-feira passada "progressos" na investigação da morte de Politkovskaya, assassinada a vários tiros na entrada de sua residência.
O presidente russo, Vladimir Putin, se comprometeu diante de seu colega americano, George W. Bush, a punir os culpados pelo assassinato da jornalista, a voz mais crítica da política do Kremlin na Chechênia.
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