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Lula quer diminiur presença do PT em 2º mandato
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já estaria falando com interlocutores mais próximos sobre a composição do novo ministério para um segundo mandato. O presidente não planeja guinada nem grandes mudanças na equipe, mas sabe que terá de reduzir o espaço do PT, hoje com 15 das 34 pastas. Apesar dos rumores, Lula não deu sinais, por enquanto, de que trocará o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Decidiu, no entanto, manter a Casa Civil fora da interferência política e Dilma Rousseff (PT) no seu comando.
O deputado não reeleito Delfim Netto, hoje no PMDB, poderá ter influência ampliada no segundo governo do PT, mesmo como consultor. Já confessou também que gostaria de chamar de volta, por exemplo, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PSB-CE), eleito deputado com a maior votação proporcional do País. A Saúde é um destino provável para Ciro.
Para afastar azar A uma semana da eleição, porém, Lula pôs em banho-maria as consultas que vinha fazendo antes de estourar o escândalo do dossiê, sob o argumento de que, primeiro, precisa ganhar a disputa com Alckmin. Supersticioso, teme que a atitude possa dar azar e não quer passar a imagem de arrogância.
¿Está tudo parado. Vamos esperar o resultado das urnas¿, desconversa o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). De qualquer forma, a cúpula peemedebista examina nomes para compor o ¿governo de coalizão¿ proposto por Lula, já que o PMDB tende a ser o parceiro preferencial.
Numa ironia política, um antigo desafeto do presidente figura na lista dos cotados a integrar a Esplanada ou mesmo a presidir a Câmara: trata-se do deputado reeleito Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Inimigo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Geddel aproximou-se de Jaques Wagner, então candidato do PT ao governo baiano, durante a campanha.
Ex-ministro das Relações Institucionais, o futuro governador da Bahia foi responsável pela articulação política até março. Escaldado por uma crise atrás da outra, avalia que, se Lula for reeleito, o casamento com o PMDB tem de ser "institucional", não "aos pedaços". Sem cerimônia, peemedebistas lembram que, para tanto, o PMDB precisará ter no mínimo quatro ministérios. Hoje, é responsável por três: Saúde, Minas e Energia e Comunicações.
Personalidades sem partido Lula também quer levar personalidades sem partido, fora do mundo político, para o primeiro escalão. Considera que a experiência deu certo com o empresário Luiz Fernando Furlan no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e com o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, que comandou a Agricultura e deixou o governo em junho.
Estrela em ascensão no PT, a ex-prefeita Marta Suplicy está cotada para Cidades, mas o ministério, hoje controlado pelo PP de Paulo Maluf, também é alvo da cobiça do PMDB. Depois de ter sido preterida por Lula, que apoiou a candidatura de Mercadante ao governo, Marta protagoniza hoje movimento inverso: no segundo turno, assumiu a coordenação da campanha do presidente.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, avisou Lula que não pretende ficar em Brasília a partir de 2007. Até agora, o presidente tenta demovê-lo da idéia. Se não conseguir, existe um candidato na fila: o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, que foi titular da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso. Filiado ao PMDB, Jobim gostaria de ir para a Casa Civil. Essa cadeira, porém, é de Dilma, a gerente do governo. E dela Lula não abre mão.
O deputado não reeleito Delfim Netto, hoje no PMDB, poderá ter influência ampliada no segundo governo do PT, mesmo como consultor. Já confessou também que gostaria de chamar de volta, por exemplo, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PSB-CE), eleito deputado com a maior votação proporcional do País. A Saúde é um destino provável para Ciro.
Para afastar azar A uma semana da eleição, porém, Lula pôs em banho-maria as consultas que vinha fazendo antes de estourar o escândalo do dossiê, sob o argumento de que, primeiro, precisa ganhar a disputa com Alckmin. Supersticioso, teme que a atitude possa dar azar e não quer passar a imagem de arrogância.
¿Está tudo parado. Vamos esperar o resultado das urnas¿, desconversa o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). De qualquer forma, a cúpula peemedebista examina nomes para compor o ¿governo de coalizão¿ proposto por Lula, já que o PMDB tende a ser o parceiro preferencial.
Numa ironia política, um antigo desafeto do presidente figura na lista dos cotados a integrar a Esplanada ou mesmo a presidir a Câmara: trata-se do deputado reeleito Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Inimigo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Geddel aproximou-se de Jaques Wagner, então candidato do PT ao governo baiano, durante a campanha.
Ex-ministro das Relações Institucionais, o futuro governador da Bahia foi responsável pela articulação política até março. Escaldado por uma crise atrás da outra, avalia que, se Lula for reeleito, o casamento com o PMDB tem de ser "institucional", não "aos pedaços". Sem cerimônia, peemedebistas lembram que, para tanto, o PMDB precisará ter no mínimo quatro ministérios. Hoje, é responsável por três: Saúde, Minas e Energia e Comunicações.
Personalidades sem partido Lula também quer levar personalidades sem partido, fora do mundo político, para o primeiro escalão. Considera que a experiência deu certo com o empresário Luiz Fernando Furlan no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e com o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, que comandou a Agricultura e deixou o governo em junho.
Estrela em ascensão no PT, a ex-prefeita Marta Suplicy está cotada para Cidades, mas o ministério, hoje controlado pelo PP de Paulo Maluf, também é alvo da cobiça do PMDB. Depois de ter sido preterida por Lula, que apoiou a candidatura de Mercadante ao governo, Marta protagoniza hoje movimento inverso: no segundo turno, assumiu a coordenação da campanha do presidente.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, avisou Lula que não pretende ficar em Brasília a partir de 2007. Até agora, o presidente tenta demovê-lo da idéia. Se não conseguir, existe um candidato na fila: o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, que foi titular da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso. Filiado ao PMDB, Jobim gostaria de ir para a Casa Civil. Essa cadeira, porém, é de Dilma, a gerente do governo. E dela Lula não abre mão.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/266602/visualizar/
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