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Cultura
Sexta - 20 de Outubro de 2006 às 13:48

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Quatro toneladas de cenário, 300 trajes e centenas de adereços e acessórios, como calçados, luvas e chapéus, que serão utilizados na ópera A Flauta Mágica, chegaram esta semana a Cuiabá. Os cenários e os figurinos do espetáculo foram cedidos pela Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro para a montagem mato-grossense da ópera, que ocorrerá entre os dias 27 e 29 de outubro, no Teatro da UFMT.

De todo o material que chegou à capital, devido à adequação de espaço do Teatro Universitário e ao número de componentes do coro, serão utilizados cerca de duas toneladas e meia de cenário, e 120 figurinos. O cenário é assinado por um dos maiores cenógrafos brasileiros da atualidade, Hélio Eichbauer.

Os cenários construtivistas foram criados em 2004 para a primeira montagem de A Flauta Mágica da Fundação, com direção de Moacyr Góes. O destaque é para os elementos e símbolos maçônicos, já que a história da ópera é uma espécie de alegoria do universo da maçonaria ao qual compositor e o libretista estavam ligados. "No início deste mês foram reutilizados na segunda montagem e em seguida vieram direto para Cuiabá", explica o coordenador da Central de Produção e cenotécnico do Theatro Municipal, Luiz Antônio Camarão, que está na cidade para comandar os trabalhos de instalação dos cenários.

Há 29 anos trabalhando na Fundação, ele explica que o trabalho aqui está sendo fácil. "O público cuiabano vai contemplar a mesma beleza cênica vista pelos cariocas", ressalta. Com isso, a platéia poderá conferir o altíssimo nível cultural e filosófico do cenógrafo vibrando em perfeita harmonia com a música e os cantores. Entre os materiais usados estão tecido de algodão, fibra de vidro, madeira, isopor e ferro.

Já os figurinos, sob responsabilidade do figurinista Sérgio Domingos, que há 10 anos também coordena o setor naquela instituição, são criações de Oswaldo Arcas e Ricardo Raposo. Sérgio cuidará dos ajustes necessários para vestir os cantores e personagens desta montagem e conta com o apoio de Ana Paula Leite, funcionária do Teatro Universitário. Ele explica que o figurinista é quem cuida da criação dos figurinos, os interpreta, idealiza, desenvolve a pesquisa, e pode reelaborar figurinos já existentes, como é o caso da Flauta Mágica.

Para a montagem em Cuiabá o figurino é o mesmo, sem releituras. Nos trajes dos coralistas, os elementos maçônicos também estão presentes, assim como no cenário. "A função do figurino é mostrar o espaço onde o personagem vive, local, região, cultura, e tem que se adequar à imaginação do escritor", afirma Sérgio, acrescentando que é mais que uma simples veste, mais que uma roupa, pois ele possui uma lista de mensagens implícitas visíveis e subliminares sobre todo o panorama do espetáculo e possui funções específicas.

Os ingressos para o espetáculo A Flauta Mágica são vendidos a R$ 50 e podem ser adquiridos no próprio Teatro da UFMT, em horário comercial. Informações: 3615-8374 / 3905-4000.





Fonte: RMT-Online

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