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Internacional
Sexta - 20 de Outubro de 2006 às 10:31

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Com 69% do comércio movimentado no Canal do Panamá, os Estados Unidos são o principal usuário desta via que une o Pacífico e o Atlântico, seguido pela China (18%) e Japão com 17%, segundo fontes da Autoridade do Canal do Panamá (ACP).

O Chile, com 10%, Coréia do Sul (7%), Equador (6%), Canadá (5%), Panamá (5%) e México (4%) são os países de origem ou destino que se seguem nesta lista.

Os navios que viajam de Nova York a São Francisco poupam 7.873 milhas ao utilizar a rota do Canal do Panamá ao invés de ter de rodear a América do Sul.

O Panamá, por onde passam 3 a 4% do comércio mundial, submete neste domingo a referendo o projeto de ampliação do canal para captar a crescente demanda do comércio marítimo e permitir a passagem de navios Pós-Panamax capazes de transportar até 12.000 contêineres.

O Panamá-Canal,Prev-Nota-Central Panamenhos decidem no domingo se haverá ampliação do Canal do Panamá Por Ana Fernández A capacidade do Canal do Panamá, construído por Estados Unidos entre 1904 e 1914, chegará a seu máximo em 2010, segundo vários estudos.

Atualmente, só os barcos com reserva - num total de 24 - têm garantida a travessia pelo canal - de 18 horas - com data e horário previstos, outros 13 devem fazer fila. Basta que uma das duas vias esteja fechada para que a fila se prolongue por até um mês.

Nem todos os barcos dispõem desse tempo, pelo qual chegam a pagar até 220.

000 dólares para cruzar os 80 km que separam os dois oceanos.

No total, 296,3 milhões de toneladas passaram pelas eclusas do canal no último ano, 6,2% a mais que o anterior, deixando receitas de 1,4 bilhão de dólares, dos quais o governo destinará 560 milhões a obras sociais.

Diferentemente dos Estados Unidos, que via o canal com um objetivo estratégico militar e uma estrutura sem propósito de lucro, o Panamá, que recuperou a soberania do canal em 31 de dezembro de 1999, enxerga a passagem de navios como um negócio.

Com a construção de uma terceira via entre o Atlântico e o Pacífico, as autoridades panamenhas querem captar os navios Pós-Panamax, capazes de transportar até 12.000 contêineres.

O terceiro jogo de eclusas, combinado com as existentes, permitirá o trânsito de até 600 milhões de toneladas.

Com este projeto, o Panamá, por onde passam 144 rotas comerciais, das quais 69% procedem de ou se dirigem aos Estados Unidos, quer continuar sendo a principal passagem interoceânica no hemisfério.

O projeto de ampliação prevê a construção de dois complexos de eclusas - um no Atlântico e outro no Pacífico - de três níveis cada um.

A ampliação tem um custo de 5,25 bilhões de dólares.

Se os panamenhos aprovarem neste domingo o projeto de ampliação, a obra estará concluída em 2014 - um século depois da entrada em funcionamento do canal - ou em 2015.

O terceiro jogo de eclusas, combinado com os já existentes, permitirá o trânsito de até 600 milhões de toneladas.

O segmento de porta-contêineres constitui o principal impulsor do crescimento do tráfico do canal. Em 2005, este segmento representou 98 milhões de toneladas, 35% do volume que transitou por ele e 40% de suas rendas.

Em seguida vêm os granéis secos, com 55 milhões de toneladas e 19% das rendas, e o de porta-veículos gerou 35 milhões de toneladas e 11% do volume dos negócios.

Pelo país centro-americano passam 144 rotas comerciais, apesar de as principais serem as que vão da costa leste dos Estados Unidos à Ásia e à costa oeste sul-americana, e da Europa para a costa ocidental do continente americano.

O canal atingirá sua capacidade máxima sustentável entre 2009 e 2012, por isso a construção de novas eclusas - que poderá ser concluída até 2014 ou 2015 - se torna imprescindível se o Panamá quiser permanecer como passagem interoceânica obrigatória pelo Istmo.

As projeções prevêem que o número de navios que transitam pelo canal duplicará nos próximos 20 anos e o volume total de tráfego passará dos 279 milhões de toneladas de 2005 a cerca de 510 milhões em 2025. Desde sua devolução pelos Estados Unidos ao Panamá, em 31 de dezembro de 1999, o canal se converteu numa fonte de rendas para o Estado panamenho, com cerca de 2,38 bilhões de dólares frente aos 10 milhões anuais que pagava a Washington pelo uso da zona do canal.

A ACP é a entidade responsável pela administração, funcionamento e manutenção do canal, e goza de autonomia financeira, patrimônio próprio e direito de administrá-lo.





Fonte: AFP

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