Para Alckmin, ataques do PCC são eleitoreiros
Para Alckmin, o debate de ontem realizado pelo SBT teve um saldo positivo. "Os eleitores puderam comparar. Foi bom o debate". Durante o horário eleitoral do rádio, nesta manhã, os tucanos se apresentaram como vencedores do programa de ontem.
O candidato do PSDB negou que esteja enfraquecido pelo apoio da maior parte dos governadores eleitos em primeiro turno à candidatura de Lula. Alckmin afirmou que mesmo com uma campanha "modesta", sua votação foi expressiva e ele segue com forças para o segundo turno.
"Saltamos de 8% para 41% no primeiro turno e vencemos em 11 estados. O segundo turno é uma nova eleição. Ainda tem 10 milhões de eleitores que estão comparando os candidatos. Há muita oscilação", afirmou.
O tucano garantiu que poderá dar o aumento de 16% aos aposentados brasileiros. O aumento foi vetado pelo presidente Lula, sob o argumento que quebraria a Previdência Social. "Eu até posso dar 16%, parcelado. Vou dar o máximo que eu puder."
Alckmin também assegurou que manterá as metas de inflação no Brasil, porque o "País ainda tem uma memória inflacionária". O candidato do PSDB voltou a defender mudanças na política fiscal, prometendo reduzir custos.
"Vamos fazer um novo organograma. O Brasil precisa ter 34 ministérios? Tem ministério da pesca! Isso é para dar cargo aos petistas que perderam a eleição. O PT tomou conta do aparelho do Estado. Vou tornar o governo menos oneroso para a sociedade", garantiu.
Alckmin declarou que, embora não seja membro da Opus Dei, respeita quem faz parte do grupo. Quando questionado so be segurança pública, o candidato disse que durante o seu governo o latrocínio caiu mais de 60% e que crime organizado se enfrenta de forma detemida. Ele voltou a atribuir os ataques do PCC a causas políticas: "claro que tem fundo político eleitoral. Eles queriam jogar a opinião pública contra o governo. Na Colômbia, a política migrou pro crime. No brasil, o crime está migrando para a política".
Defendendo uma nova política tributária e a redução dos gastos do governo, Alckmin criticou as taxas de crescimento do País. ¿O Brasil é o último da fila dos emergentes¿, afirmou, prometendo trabalhar pelo fortalecimento do Brasil no cenário internacional, com acordos bilaterais e setoriais. "O interesse nacional não pode ficar abaixo do interesse partidário", disse.
O candidato do PSDB apontou que a Febem "melhorou muito" e disse que nunca foi feito tanto pelos jovens em São Paulo. Alckmin disse que o Complexo do Belém será desativado até o final do ano e compartilhou a responsabilidade do Estado com os menores. "O problema do adolecente em conflito com a lei não é só do governo. É de todos. E eu acredito na recuperação do jovem."
Alckmin também desmentiu que acabará com a Zona Franca de Manaus e negou que São Paulo tenha entrado em uma guerra fiscal para manter as indústrias no Estado. "Vou fortalecer o parque industrial de Manaus", finalizou o tucano.
Comentários