Mantega diz que Selic deve continuar registrando quedas
Apesar da queda da taxa de juros, que está no menor nível nominal dos últimos 12 anos, Mantega acha que a taxa de juros ainda está elevada para uma economia como a brasileira. Porém ponderou que a taxa "vem caindo desde setembro de 2005, portanto caminha para um patamar adequado. É uma questão de tempo", afirmou.
"Temos hoje o preço do petróleo caindo, os preços dos combustíveis em baixa, os preços administrados e os preços livres com comportamento benigno, a própria taxa cambial ajuda a ter inflação mais baixa. Todos os determinantes da inflação indicam para uma taxa baixa. Então, continuará havendo uma redução", previu o ministro.
Segundo Mantega, "o Copom está prosseguindo na sua trajetória de redução da taxa de juros no Brasil, numa posição totalmente coerente com o regime de meta de inflação. Como a inflação tem um comportamento benigno, caindo, se mantendo dentro dos patamares esperados, então o Copom reagiu à altura e reagiu a taxa. Portanto, estamos com a menor taxa nominal dos últimos 12 anos", afirmou.
Política monetária Num eventual segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou Mantega, a política monetária continuará a mesma, mas as taxas poderão cair mais rapidamente porque não há mais a missão de derrubar a inflação, como foi no primeiro governo.
"Uma das diferenças fundamentais do primeiro mandato para o segundo é que no primeiro tínhamos de baixar a inflação para patamares razoáveis, porque a inflação era elevada e era difícil ter um crescimento equilibrado, com uma inflação sob controle. Havia o risco de acelerar o crescimento e ter uma alta da inflação", afirmou o ministro.
Para ele, "feito esse trabalho de ajustamento monetário, passamos para uma segunda fase onde a política monetária é muito mais flexível. Daqui para frente, é caminhar em direção a uma taxa de juros compatível com outros países emergentes com o mesmo grau de desenvolvimento do que o Brasil", afirmou.
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