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Politica Brasil
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 07:28

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No horário eleitoral do rádio, na manhã desta quinta-feira, os candidatos à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), amenizaram as críticas e apresentaram propostas para o desenvolvimento de algumas regiões do País. Sem citar o caso da compra do dossiê, Alckmin falou sobre Norte, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto Lula prometeu priorizar a educação e acusou a oposição de tentar acabar com o ProUni, um dos carros-chefes de sua campanha.

Alckmin abriu o programa de rádio de hoje falando sobre projetos para o Amazonas. "Vamos ajudar a Zona Franca de Manaus e liberar recursos para ampliar o Parque Industrial e o Pólo de Alta Tecnologia, inclusive com a TV digital", afirmou o tucano.

Segundo o programa do PSDB, Alckmin trabalhará na melhoria das estradas e ferrovias do País, e investirá em saneamento básico, em casas populares e na urbanização das favelas das maiores cidades brasileiras.

Os tucanos não citaram o caso da compra do dossiê, que comprovaria o envolvimento de Alckmin e José Serra (PSDB) com a máfia das ambulâncias, durante o programa de rádio desta manhã. Com um discurso mais moderado, eles atacaram o mau estado de conservação das rodovias brasileiras.

"Você sabia que as rodovias federais foram abandonadas pelo Lula? Você sabia que os motoristas sofrem com o péssimo estado de conservação do asfalto e com a sinalização ruim? Você sabia que nove das dez melhores estradas brasileiras estão em São Paulo, graças aos investimentos do governo do Geraldo?", disse o narrador.

Para rebater as críticas de Lula de que Alckmin é um candidato "que só conhece São Paulo", os tucanos afirmaram que "Geraldo conhece bem a realidade de cada região do País".

Aos agricultores, o ex-governador de São Paulo prometeu incentivos fiscais. "Vou pagar metade do valor do seguro safra para o pequeno agricultor", garantiu Alckmin, que também assegurou apoio à agricultura familiar e à redução de juros e melhoria de crédito. "Vou ser um trabalhador da agricultura a serviço do Brasil", completou.

Para o Nordeste, Alckmin destacou a criação da nova Sudene, além da implantação de escolas técnicas e estímulos ao Banco do Povo. "Vou apoiar o turismo, que é fonte de muita renda para a região e, principalmente, vou investir na capacitação profissional para que todos melhorem de vida."

O tucano prometeu, ao Centro-Oeste, policiar as fronteiras do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, para coibir o tráfico de drogas e de armas. "Em Goiás, vou recuperar as estradas federais para facilitar o escoamento da produção agrícola."

"Errado é o que está aí: escândalo, muita promessa e pouco trabalho. Certo é o Geraldo, que promete e faz. Por isso, troque o errado pelo certo", finalizou o narrador do PSDB.

Na abertura do horário de Lula, os petistas engrossaram o discurso contra a coligação PSDB-PFL, que apóia Alckmin. O programa apontou que em 2004, o PFL entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra o ProUni, "programa que levou 204 mil jovens à universidade". "Um absurdo como esse não tem como prosperar na Justiça. Mas é bom ficar de olho. O Geraldo e o PSDB nunca fizeram nada quando estiveram no governo e agora querem acabar com um dos principais programas de inclusão social do País", disse o narrador.

Os petistas destacaram os números da última pesquisa Datafolha, que colocou Lula com 60% dos votos válidos. "A pesquisa mostra ainda mais um salto na avaliação positiva do governo Lula", completou.

Durante o programa, Lula usou dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), do IBGE, para mostrar a melhoria na qualidade de vida dos brasileiros e para apresentar projetos para um eventual segundo mandato.

"Não há duvida que o emprego cresce e precisa crescer ainda mais na cidade e no campo. Ele precisa crescer de forma distribuída em todas regiões. Vamos conseguir isso aprofundando medidas na área econômica e continuando grandes projetos que estão em andamento e iniciando outros que estão delineados", afirmou Lula.

Para economia, Lula prometeu ampliar o programa de redução de impostos, expandir crédito para os setores produtivos, reduzir a taxa de juros e apoiar as micro e pequenas empresas.

O petista também apontou projetos para infra-estrutura, como a implantação da refinaria de Pernambuco e do Pólo Petroquímico do Rio, além da ampliação do programa do Biodiesel e a melhoria de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

"Os números da PNAD mostram que estamos tornando realidade a meta de crescer e distribuir renda. Mas também vamos trabalhar para melhorar educação. Se reeleito, a educação será minha prioridade máxima", prometeu o presidente.

Para garantir a melhoria da educação, o horário petista assegurou que Lula implantará o Fundeb, para aumentar a receita da educação, criará o piso nacional para o professor e fazer das escolas "um pólo de educação, cultura, esportes e lazer". O candidato à reeleição prometeu, ainda, ampliar os programas ProUni e Pro-Jovem e implatar mais universidades e escolas técnicas no País.





Fonte: Terra

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