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Politica Brasil
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 07:20

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Durante depoimento prestado ontem à Justiça Federal em Cuiabá, o empresário Ronildo Medeiros afirmou que repassava ao empreiteiro Abel Pereira propina de 6,5% sobre a venda de ambulâncias para cerca de 500 prefeituras, seguindo orientação de Darci Vedoin - dono da Planam e apontado como chefe da máfia dos sanguessugas.

Abel Pereira é amigo do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, do PSDB, e deverá depor à Polícia Federal na próxima segunda-feira, dentro das investigações sobre o dossiê com denúncias contra Negri e outros tucanos. A família Vedoin acusa Pereira de ser o intermediário do esquema de venda de ambulâncias superfaturadas durante a gestão de Barjas Negri e tem indícios de que o empreiteiro tentou comprar o dossiê dos Vedoin antes do PT.

As vendas citadas por Ronildo referem-se ao período entre 2001 e 2002, quando Negri foi secretário-executivo do Ministério da Saúde e depois sucedeu o tucano José Serra no comando da pasta. Na época, Serra deixou o cargo para disputar a Presidência da República. Atualmente, Barjas Negri é prefeito da cidade paulista de Piracicaba pelo PSDB.

Ronildo Medeiros é dono das empresas Frontal e Medical Equipamentos Hospitalares - que teriam sido constituídas para fraudar resultados de licitações, segundo investigações da Procuradoria da República e da PF.

Os contratos e os respectivos processos de concorrência aos quais Medeiros se referiu também tiveram entre os postulantes a Planam, de Darci Vedoin e do filho Luiz Antônio. Segundo a PF e a Procuradoria da República, Ronildo Medeiros foi empregado da Planam e abriu suas empresas orientado pelos Vedoin, a fim de forjar as licitações e permitir que a Planam vencesse as concorrências.





Fonte: Terra

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