FHC é mais honesto que Alckmin nas privatizações, diz Marta

A coordenadora da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, Marta Suplicy, declarou na tarde desta terça-feira, durante campanha em Carapicuíba, na região Oeste de São Paulo, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é "mais honesto que Alckmin no que se refere à privatização das empresas estatais". Em entrevista pela manhã à Rádio CBN, o ex-presidente declarou que considera justo privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil.

Marta destacou que em 29 de outubro os eleitores decidirão entre dois projetos distintos de governo. "Um que pretende vender o patrimônio público e outro que faz investimentos na área social." Ela disse que Geraldo Alckmin fez um ótimo governo em São Paulo, mas que aumentou a arrecadação às custas do aumento de impostos (como o IPVA e as taxas de cartórios) e com as privatizações (como do Banespa, da Eletropaulo, da Congás, da Cegesp e da venda de ações da Nossa Caixa).

A petista disse que ele obteve uma receita de R$ 71 bilhões com a venda das estatais, mas que, em contapartida, a dívida subiu de R$ 104 bilhões para R$ 140 bilhões. "Eles não fizeram o choque de gestão como eles alegam", disse Marta. "Com as privatizações que eles fizeram, o ICMS da conta de luz, por exemplo, aumentou muito para o consumidor. Foi uma maneira de aumentar artificialmente a arrecadação."

Marta disse ainda que, na entrevista que na entrevista concedida à CBN, FHC demostrou que não assimilou a vitória do presidente Lula. "O FHC não engole que Lula seja um grande estadista. O FHC deixou como herança uma dívida gigantesca, que o Lula pagou", afirmou. A petista criticou a venda do patrimônio público e ressaltou que Lula teve de criar milhões de empregos para absorver os 10 milhões de desempregados deixados por FHC.