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CPI convoca Berzoini e só "convida" ex-Ministro da Saúde José Serra
A oposição atropelou os governistas nesta terça-feira (17) e aprovou na CPI dos Sanguessugas a convocação do deputado Ricardo Berzoini (SP), presidente licenciado do PT, suspeito de participar da compra do dossiê contra políticos do PSDB.
A oposição também conseguiu convocar outros sete envolvidos na compra do dossiê: Valdebran Padilha, Gedimar Passos, Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso, Oswaldo Bargas, Hamilton Lacerda e Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os depoimentos, inclusive o de Berzoini, entretanto, deverão ocorrer somente após o segundo turno das eleições presidenciais.
O governo tentou contra-atacar e aprovar a convocação do ex-ministro da Saúde José Serra, governador eleito de São Paulo pelo PSDB.
Sem o apoio da senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) e do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) nesta votação, a oposição percebeu que poderia perder e conseguiu apenas costurar um acordo para aprovar um "convite" a Serra. O mesmo foi feito em relação a outros três ministros - dois do governo Lula (Saraiva Felipe e Humberto Costa) e mais um do governo FHC (Barjas Negri).
Por serem convites, os quatro não têm obrigação de comparecer à CPI. O que desanima o presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). "Esse tipo de coisa é para ninguém vir. Convite é um entendimento político", disse.
Como último esforço, a base governista quis convocar o empresário Abel Pereira, acusado de ser a ponte da máfia dos sanguessugas com os tucanos. Essa votação, no entanto, ficou para depois. A sessão da CPI foi encerrada e uma nova deve ser marcada para semana que vem.
Freud Godoy foi o pivô do momento mais quente da reunião desta terça. Sob protestos dos governistas, a oposição conseguiu aprovar a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-assessor de Lula. "A justificativa para essa quebra é precária", reclamou a líder do PT, Ideli Salvatti (SC).
Os ânimos ficaram exaltados entre governo e oposição nesta que foi a primeira votação da CPI desde a aprovação do relatório parcial em agosto que pediu a cassação de 72 parlamentares.
O bate-boca tomou conta da sessão desde o início. O presidente da CPI chegou a suspendê-la por dez minutos para acalmar os colegas. "A senhora não vai ganhar no grito", disse o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) à líder do PT. "Quem vai ganhar então, o senhor?", rebateu Ideli. "Seu golpista", disse o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) ao senador Efraim Morais (PFL-PB). "Golpista é você", devolveu o senador.
A oposição também conseguiu convocar outros sete envolvidos na compra do dossiê: Valdebran Padilha, Gedimar Passos, Jorge Lorenzetti, Expedito Veloso, Oswaldo Bargas, Hamilton Lacerda e Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os depoimentos, inclusive o de Berzoini, entretanto, deverão ocorrer somente após o segundo turno das eleições presidenciais.
O governo tentou contra-atacar e aprovar a convocação do ex-ministro da Saúde José Serra, governador eleito de São Paulo pelo PSDB.
Sem o apoio da senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) e do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) nesta votação, a oposição percebeu que poderia perder e conseguiu apenas costurar um acordo para aprovar um "convite" a Serra. O mesmo foi feito em relação a outros três ministros - dois do governo Lula (Saraiva Felipe e Humberto Costa) e mais um do governo FHC (Barjas Negri).
Por serem convites, os quatro não têm obrigação de comparecer à CPI. O que desanima o presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). "Esse tipo de coisa é para ninguém vir. Convite é um entendimento político", disse.
Como último esforço, a base governista quis convocar o empresário Abel Pereira, acusado de ser a ponte da máfia dos sanguessugas com os tucanos. Essa votação, no entanto, ficou para depois. A sessão da CPI foi encerrada e uma nova deve ser marcada para semana que vem.
Freud Godoy foi o pivô do momento mais quente da reunião desta terça. Sob protestos dos governistas, a oposição conseguiu aprovar a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-assessor de Lula. "A justificativa para essa quebra é precária", reclamou a líder do PT, Ideli Salvatti (SC).
Os ânimos ficaram exaltados entre governo e oposição nesta que foi a primeira votação da CPI desde a aprovação do relatório parcial em agosto que pediu a cassação de 72 parlamentares.
O bate-boca tomou conta da sessão desde o início. O presidente da CPI chegou a suspendê-la por dez minutos para acalmar os colegas. "A senhora não vai ganhar no grito", disse o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) à líder do PT. "Quem vai ganhar então, o senhor?", rebateu Ideli. "Seu golpista", disse o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) ao senador Efraim Morais (PFL-PB). "Golpista é você", devolveu o senador.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/267859/visualizar/
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