Líderes empresariais respaldam Maggi

Empresários saíram ontem em defesa do governador reeleito Blairo Maggi em apoiar o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. Eles consideraram sua decisão audaciosa e que levou em conta o Estado e o seu desenvolvimento. “Vivemos num Estado que depende do governo federal e que tem seu desenvolvimento atrelado às decisões tomadas em Brasília”, disse o empresário rural Eraí Maggi, que considerou o apoio do governador à reeleição do presidente Lula como um ato no qual “ele fechou os olhos para seu patrimônio eleitoral em prol de Mato Grosso e de seu desenvolvimento e da sua gente”.

Desde que assumiu publicamente o apoio à reeleição do presidente Lula (PT), o governador Blairo Maggi dividiu o apoio tanto da classe política quanto da empresarial, principalmente porque já no primeiro turno o candidato tucano Geraldo Alckmin venceu o petista por 130 mil votos em Mato Grosso.

Os empresários Pedro Nadaf, presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso; Mauro Mendes, candidato único à presidência da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt); Jandir José Milan, presidente da Associação dos Empresários do Distrito Industrial de Cuiabá (Aedic); Jorge Pires, presidente da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso e o agricultor Eraí Maggi, primo de Blairo, enalteceram a decisão do governador e esperam que os compromissos assumidos pelo presidente Lula sejam honrados para que o Estado retome o seu desenvolvimento, paralisado por causa da crise no agronegócio.

Todos foram unânimes em reconhecer que a decisão do chefe do Poder Executivo levou em consideração mais as necessidades de Mato Grosso do que propriamente uma posição política. “Ele olhou para o Estado mesmo sabendo que isso poderia prejudicá-lo politicamente”, disse Pedro Nadaf, explicando que Maggi teve a “audácia de contrapor o processo supra-ideológico, pensando muito mais a decisão administrativa e desenvolvimentista do que propriamente a política”, frisou o presidente da Fecomércio.

Todos reconheceram que a decisão do governador do Estado criou embaraços e dificuldades para setores como o do agronegócio, mas lembraram que a decisão vai representar um avanço para Mato Grosso e para o seu desenvolvimento.