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Lula diz que Berzoini caiu por não explicar dossiê
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, disse nesta segunda-feira, durante gravação do programa Roda Viva, que afastou o deputado Ricardo Berzoini da coordenação de sua campanha porque o então presidente do PT não conseguiu dar explicações sobre a compra de um dossiê com documentos contra tucanos.
"Chamei o presidente do partido e perguntei: quero saber quem fez essa burrice. Porque foi de uma sandice inominável. Ele me disse que não sabia. Eu falei: Ricardo, você que é o presidente do partido tem obrigação de apresentar à sociedade brasileira a resposta. Ele não deu e, na quarta-feira, eu o afastei da coordenação da campanha", afirmou. Dias depois, Berzoini deixou a presidência do PT.
As declarações foram dadas esta manhã durante gravação do programa da TV Cultura que vai ao ar às 22h30 desta segunda-feira. O presidente e os convidados estavam no Palácio da Alvorada enquanto repórteres puderam acompanhar a gravação na sede da emissora, em São Paulo.
O presidente garantiu que a Polícia Federal vai trazer a público a origem do dinheiro envolvido na frustrada transação. "A ordem dada à Polícia Federal é que não deixe pedra sobre pedra. Pode demorar um dia, um mês ou um ano, mas que vamos descobrir, vamos", disse. Lula admitiu que preferia que os envolvidos no caso explicassem a origem do dinheiro.
"O método rápido, o pau de arara, acabou porque nós conquistamos isso. Esse país tem Ministério Público, Polícia Federal", afirmou, referindo-se ao período da ditadura militar, quando os órgãos da repressão torturavam presos políticos para obter confissão.
ALCKMIN ENSANDECIDO
A referência já havia sido feita no debate da Rede Bandeirantes, no domingo da semana passada, quando Lula acusou seu adversário, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB), de preferir este tipo de conduta para levantar informações sobre o dossiê.
No Roda Viva, Lula classificou de "ensandecida" a postura de Alckmin no debate da Bandeirantes.
"Eu estranhei o comportamento do meu adversário porque sempre foi uma pessoa tranquila, leve. Ele estava ensandecido naquele programa. Eu acho que ele pensou que poderia resolver o problema da guerra com uma única batalha", disse.
Para o presidente, Alckmin foi desrespeitoso com o público naquele domingo à noite pelo excesso de agressões. Lula disse ainda que o momento mais violento vivido por ele em uma campanha eleitoral ocorreu em 1986, quando disputou o governo de São Paulo com Paulo Maluf, Antônio Ermírio de Moraes e Orestes Quércia. "Se a Justiça funcionasse, cassava os três". CONTRA A REELEIÇÃO
Antes de a gravação do Roda Viva ter início, mas já com a transmissão em andamento, foi possível ouvir comentários do presidente. Lula, que mais uma vez falou do incômodo de desempenhar as funções de presidente e de candidato ao mesmo tempo, defendeu o fim da reeleição.
"É difícil fazer as duas funções, não é fácil. A coisa mais correta é acabar com a reeleição, não tem jeito. Eu não gosto, não é bom para o Brasil", disse, defendendo um mandato de cinco anos para presidente.
Pregando a alternância de poder, o presidente deu a entender que se candidatou novamente porque era a regra do jogo.
No comentário que introduziu suas declarações sobre a reeleição, Lula soltou um palavrão ao enumerar os próximos compromissos de sua agenda de candidato.
"Hoje e amanhã eu vou à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, ao Pará, ao Amazonas, ao Rio de Janeiro, para encontro com artistas, depois volto para São Paulo, para entrevista para a Folha de S.Paulo. Depois dou entrevista para a (TV) Record, depois tem debate no SBT, depois tem mais comício, depois tem debate na Record, depois tem debate na Globo, depois tem eleição e acabou. Puta merda, viu?"
O Roda Viva, que vai ao ar às segundas-feiras, entrevistará Alckmin no próximo domingo. O programa será adiantado em um dia, uma vez que, na próxima segunda-feira, será realizado um debate entre Lula e Alckmin na TV Record.
"Chamei o presidente do partido e perguntei: quero saber quem fez essa burrice. Porque foi de uma sandice inominável. Ele me disse que não sabia. Eu falei: Ricardo, você que é o presidente do partido tem obrigação de apresentar à sociedade brasileira a resposta. Ele não deu e, na quarta-feira, eu o afastei da coordenação da campanha", afirmou. Dias depois, Berzoini deixou a presidência do PT.
As declarações foram dadas esta manhã durante gravação do programa da TV Cultura que vai ao ar às 22h30 desta segunda-feira. O presidente e os convidados estavam no Palácio da Alvorada enquanto repórteres puderam acompanhar a gravação na sede da emissora, em São Paulo.
O presidente garantiu que a Polícia Federal vai trazer a público a origem do dinheiro envolvido na frustrada transação. "A ordem dada à Polícia Federal é que não deixe pedra sobre pedra. Pode demorar um dia, um mês ou um ano, mas que vamos descobrir, vamos", disse. Lula admitiu que preferia que os envolvidos no caso explicassem a origem do dinheiro.
"O método rápido, o pau de arara, acabou porque nós conquistamos isso. Esse país tem Ministério Público, Polícia Federal", afirmou, referindo-se ao período da ditadura militar, quando os órgãos da repressão torturavam presos políticos para obter confissão.
ALCKMIN ENSANDECIDO
A referência já havia sido feita no debate da Rede Bandeirantes, no domingo da semana passada, quando Lula acusou seu adversário, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB), de preferir este tipo de conduta para levantar informações sobre o dossiê.
No Roda Viva, Lula classificou de "ensandecida" a postura de Alckmin no debate da Bandeirantes.
"Eu estranhei o comportamento do meu adversário porque sempre foi uma pessoa tranquila, leve. Ele estava ensandecido naquele programa. Eu acho que ele pensou que poderia resolver o problema da guerra com uma única batalha", disse.
Para o presidente, Alckmin foi desrespeitoso com o público naquele domingo à noite pelo excesso de agressões. Lula disse ainda que o momento mais violento vivido por ele em uma campanha eleitoral ocorreu em 1986, quando disputou o governo de São Paulo com Paulo Maluf, Antônio Ermírio de Moraes e Orestes Quércia. "Se a Justiça funcionasse, cassava os três". CONTRA A REELEIÇÃO
Antes de a gravação do Roda Viva ter início, mas já com a transmissão em andamento, foi possível ouvir comentários do presidente. Lula, que mais uma vez falou do incômodo de desempenhar as funções de presidente e de candidato ao mesmo tempo, defendeu o fim da reeleição.
"É difícil fazer as duas funções, não é fácil. A coisa mais correta é acabar com a reeleição, não tem jeito. Eu não gosto, não é bom para o Brasil", disse, defendendo um mandato de cinco anos para presidente.
Pregando a alternância de poder, o presidente deu a entender que se candidatou novamente porque era a regra do jogo.
No comentário que introduziu suas declarações sobre a reeleição, Lula soltou um palavrão ao enumerar os próximos compromissos de sua agenda de candidato.
"Hoje e amanhã eu vou à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, ao Pará, ao Amazonas, ao Rio de Janeiro, para encontro com artistas, depois volto para São Paulo, para entrevista para a Folha de S.Paulo. Depois dou entrevista para a (TV) Record, depois tem debate no SBT, depois tem mais comício, depois tem debate na Record, depois tem debate na Globo, depois tem eleição e acabou. Puta merda, viu?"
O Roda Viva, que vai ao ar às segundas-feiras, entrevistará Alckmin no próximo domingo. O programa será adiantado em um dia, uma vez que, na próxima segunda-feira, será realizado um debate entre Lula e Alckmin na TV Record.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/268104/visualizar/
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