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Politica Brasil
Segunda - 16 de Outubro de 2006 às 02:24
Por: Márcia Raquel

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A eleição do último dia 1º de outubro marcou o retorno de políticos tradicionais à sua vida de cidadãos comuns. São os candidatos à reeleição que, por vários motivos, não conseguiram retornar ao cargo ou ainda os que pleiteavam outros postos e também não obtiveram sucesso. Ainda sem muita clareza, os derrotados começam a planejar como vão retomar suas vidas sem o cargo eletivo. Muitos já estavam na vida pública há mais de 20 anos e confessam não ter pensado ainda na forma como vão proceder a partir de 2007, quando se encerra o mandato atual.

Ao todo são oito deputados estaduais e dois deputados federais que não conseguiram se reeleger. Além desses, há o senador Antero Paes de Barros (PSDB), que foi derrotado na disputa ao governo do Estado e, portanto, a partir de janeiro, fica sem mandato. Há também o deputado estadual Chico Daltro (PP), que pleiteou uma vaga na Câmara Federal e ficou com a primeira suplência.

Entre os deputados estaduais derrotados neste pleito estão nomes conhecidos da política mato-grossense como Hermínio Barreto, que interrompe agora 24 anos de vida pública. Barreto foi vereador em Rondonópolis, depois se elegeu deputado estadual, em seguida foi prefeito e, por fim voltou à Assembléia, onde encerra o seu segundo mandato consecutivo. “Vou retomar à minha atividade como fiscal da Fazenda e nos finais de semana foi fazer o que gosto, que é narrar futebol”, disse Barreto, que possui uma emissora de rádio.

Carlos Brito (PDT) também é outro que fica sem cargo eletivo depois de 14 anos consecutivos. Brito, que iniciou sua carreira nas lutas comunitárias, foi eleito vereador em 1992 e depois disso não parou. Agora depois de quatro vitórias, duas para vereador e duas para deputado estadual, ele deixa a Assembléia como o nono deputado mais votado, porém, sem cargo. Porém, Brito, que é oficial de justiça do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, ainda briga na Justiça Eleitoral por seu mandato e é um dos cotados para assumir um cargo na administração estadual.

A mesma trajetória teve o deputado estadual Carlão Nascimento. Eleito vereador por Cuiabá em 1992 e reeleito em 1996, Carlão ascendeu à Assembléia em 1998 e foi reeleito em 2002. Tucano, Carlão foi o único dos seis deputados eleitos pelo PSDB em 2002 que permaneceu no partido. Nesta eleição, porém, ficou com a segunda suplência. Professor do Estado desde 1970 e da antiga Escola Técnica Federal, hoje Cefet, desde 1978, Carlão deve retomar as atividades na educação. “Meu retorno é imediato para a Escola Técnica”, disse.

Há 12 anos exercendo mandatos eletivos, o deputado Ricarte de Freitas (PTB) também deixa o Congresso Nacional. Antes de ser deputado federal por dois mandatos, tendo assumido o primeiro como suplente e depois efetivado, Ricarte foi deputado estadual. Nesta eleição, obteve 22.672 votos, quase 44 mil a menos do que na eleição anterior. Paranaense, Ricarte tem formação em Ciências Jurídicas e desenvolvia atividades na área de comunicação (rádio) antes de ser deputado. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o parlamentar.




Fonte: Diário de Cuiabá

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