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Politica Brasil
Domingo - 15 de Outubro de 2006 às 11:46

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O candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, acelerou gastos pouco antes de deixar o cargo de governador de São Paulo, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. No período em que disputava a indicação do PSDB para concorrer com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alckmin utilizou recursos com obras públicas em níveis mais elevados do que aqueles dos primeiros quadrimestres de 2004 e 2005.

A liderança do PT na Assembléia Legislativa acredita tal prática "engesse" o governo de Cláudio Lembo e dificulte o primeiro ano da gestão Serra. A análise dos recursos empenhados entre janeiro e abril identificou a antecipação de gastos considerados eleitorais, conforme o jornal paulista. Nos primeiros quatro meses deste ano, o governo Alckmin comprometeu em obras e instalações 63,6% dos recursos previstos para esse item. No mesmo período de 2004, foram apenas 18,3%; em 2005, 28,5%.

Aumentou o empenho com passagens, auxílios financeiros a pessoas físicas, incluindo repasses de programas sociais de complementação de renda, e despesas com pessoas jurídicas, que podem atender a interesses específicos firmados com ONGs, fundações e firmas prestadoras de serviços.

A Secretaria da Fazenda informou que, de janeiro a abril, foram empenhados R$ 33,5 bilhões (41% do total do Orçamento), e que haviam sido liquidados R$ 24,3 bilhões. A liquidação significa que a entrega do bem ou serviço havia sido realizada. Os recursos liquidados correspondiam a 30% dos orçamento.

Em junho, acendeu o sinal amarelo nas contas do Estado, ao se detectar uma frustração de receitas nos primeiros meses do ano. Lembo determinou, então, corte de despesas de R$ 1,5 bilhão. A base aliada de Lembo acreditava em uso eleitoral das verbas.

"A bancada do PT já havia denunciado em outubro de 2005 que a proposta orçamentária do governo Alckmin para 2006 era eleitoreira e inflava os investimentos para cerca de R$ 9 bilhões", diz o deputado Enio Tatto, líder do partido. Alckmin, por sua vez, na proposta de orçamento em 2006, frisou que o Estado havia "recuperado a capacidade de investir" com investimentos previstos para este ano 77% acima da média anual registrada entre 2000-2004.





Fonte: Terra

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