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Politica Brasil
Domingo - 15 de Outubro de 2006 às 10:29

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O choque de gestão proposto pelo tucano Geraldo Alckmin parece um mau negócio para os servidores públicos, beneficiários dos programas sociais do governo e aposentados.

O principal temor é o de que o candidato, se eleito, corte cargos, benefícios e mude as regras das aposentadorias. Por isso, a coordenação da campanha do PSDB correu, esta semana, para apagar o fogo e garantir que não iria mexer nos direitos adquiridos, nem eliminar o Bolsa Família do presidente Lula.

Economistas admitem, porém, que a proposta seria capaz de fazer com que a economia do País cresça em ritmo acelerado e a longo prazo, embora tenha um alto custo eleitoral para o candidato. O projeto de cortar gastos serve para reduzir a dívida pública, uma armadilha na qual o país se envolveu no início dos anos 80, e permite carga tributária menor. Com uma folha de pagamentos reduzida, sobra dinheiro também para investimentos em infra-estrutura, como portos, estradas e ferrovias.

"Não há possibilidade de o corte de gastos trazer recessão", defende Antônio Márcio Buainain, acadêmico da Unicamp e um dos porta-vozes do programa de Alckmin para a área econômica. "Nossa proposta é cortar os gastos ineficazes, os excessos e inibir a corrupção. O PT usa o dinheiro público com gastos correntes. Nossa prioridade são os investimentos", completa.

O programa de governo do PSDB também não perde a oportunidade de alfinetar o presidente Lula. Cita que as agências reguladoras sofreram um retrocesso no atual governo e afirma que Lula enfraqueceu as mesmas agências por acreditar que tiravam poder do governo nas decisões.

Mas o grande trunfo na manga do candidato tucano são as promessas de reformas e de política cambial, que agradam aos empresários. Alckmin lembra que as empresas exportadoras poderiam ser ainda mais lucrativas se a taxa de câmbio fosse competitiva.





Fonte: JB Online

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