Cepromat deve ser um dos extintos no ano que vem

Uma equipe composta de cinco gestores (três da SAD e dois da Seplan) conclui nesta semana o estudo sobre a viabilidade da manutenção ou não dos órgãos da administração indireta. A princípio, a intenção do governo é só manter o Imeq e o Detran, porque os dois têm vinculação federal.

"Não há como extinguir o Detran e o Imeq por terem ligação federal e estarem fazendo um bom trabalho", informou um membro do governo. O primeiro órgão cogitado para ser extinto é o Centro de Processamento de Dados (Cepromat). Os técnicos da SAD e da Seplan vão apresentar um estudo minucioso sobre a empresa. "Acho difícil mantê-la como está", analisou a fonte.

A decisão de extinguir o Cepromat ainda não está tomada porque o secretário de Planejamento, Yenes Magalhães, interferiu pessoalmente para que técnicos da sua pasta, à qual a empresa é vinculada, participasse também dos levantamentos e estudos. De todo modo, a corrente para desativar o Cepromat é muito forte dentro do governo.

A reforma prevê ainda a extinção do Intermat, da Metamat, da Empaer e do Indea. Todos serão transformados em órgãos vinculados às suas respectivas Secretarias, acabando com a autonomia financeira que possuem hoje. O governador Blairo Maggi gosta de citar o exemplo da Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa.

Antes a empresa era um órgão da administração indireta e tinha autonomia financeira. "Um aparelho de surdez era comprado por R$ 1 mil e hoje sai por R$ 100", diz. O Centro continua, segundo Maggi, prestando o mesmo serviço de antes, quando era um órgão com certa independência. Durante a campanha, o chefe do executivo estadual disse que tinha "órgãos que precisavam ser eliminados". (AI)