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Os prós e contras do namoro no trabalho
O mercado de trabalho misto, ou seja, onde homens e mulheres dividem espaço, ajudou a tornar o ambiente um campo fértil para o aparecimento de relacionamentos que vão além dos profissionais. Estudos realizados em âmbito internacional mostram que a maioria dos trabalhadores já teve um envolvimento amoroso ou sexual na empresa. O que não é difícil, afinal, é no trabalho que as pessoas acabam passando a maior parte do dia.
Diferente dos encontros casuais e formais ou das saídas "à caça", o relacionamento no ambiente de trabalho tem seus rituais típicos, que são determinados pelas possibilidades que são oferecidas. Especialistas lembram, por exemplo, que a convivência ajuda ambos a se conhecerem melhor e então identificarem no outro as características que atraem mais.
E é interessante verificar que os relacionamentos surgem muitas vezes de simples gestos, olhares, sinais indisfarçáveis para os mais atentos e que podem até passar despercebidos pelos mais distraídos. Como Carmem (nome fictício), de 25 anos, que só começou a notar o interesse de César (nome fictício), de 30 anos, depois de um ano de convívio profissional. Ela conta que percebia uma atenção especial dele em relação a tudo o que fazia, mas acreditava que a postura tinha a ver com o fato de ser a mais nova e inexperiente funcionária da equipe.
Sem perceber ela também dava sinais de que correspondia, lembra César. Segundo ele, não eram poucas as vezes em que notava um olhar mais demorado de Carmem, que logo disfarçava. A aproximação foi ficando cada vez maior até que César tomou coragem e confessou seu amor. Foi um bom tempo levando o relacionamento em "banho-maria" até que assumissem. Depois de mais um ano de namoro, casaram-se e estão juntos já há três anos e meio, contam.
Excessivamente preocupados com o que os outros poderiam dizer e do que isso poderia acarretar dentro da empresa, eles procuraram não expor seus sentimentos abertamente. Garantem que os colegas não conseguiram notar nada e que até se espantaram com a revelação. Mas nem todo relacionamento no trabalho acontece assim. Há casos em que as experiências são bem dolorosas. principalmente se a pessoa não souber separar as coisas. Não é qualquer empresa que aceita interferências de ordem pessoal no desenvolvimento do trabalho. Muitas, para evitar isso, chegam a proibir relacionamentos entre empregados.
A psicóloga Simone Missel lembra que quando uma pessoa está apaixonada as reações emocionais superam as racionais e isso traz problemas como dificuldade de concentração e baixa produtividade. "Fica difícil manter o foco no trabalho, a atração passa a ser prioridade", explica. Mas há também quem diga o contrário. A famosa pesquisadora e sexóloga Shere Hite, por exemplo, defende que a tensão sexual entre colegas de trabalho estimula a criatividade e o desempenho profissional.
Outra psicóloga, Ana Maria Rossi, também acredita que o romance no trabalho pode provocar efeitos positivos. Para Ana, o relacionamento pode fazer as pessoas envolvidas olharem o trabalho com uma nova energia. "Algumas pessoas voltam a se encantar com as atividades que executam quando têm um amor por perto", diz.
Forcinha - De acordo com estudos da mesma Shere Hite, autora do best seller Sexo e Negócios (Bertrand Brasil), cerca de 70% dos homens norte-americanos e europeus e 60% das mulheres já tiveram algum envolvimento na empresa onde trabalham. O que, provavelmente, deve chegar bem próximo no Brasil. Além do fato de homens e mulheres também estarem cada vez mais dividindo espaço no mercado por aqui, os brasileiros têm algumas características que favorecem esse tipo de ocorrência.
Pesquisas recentes sobre relacionamentos amorosos entre brasileiros mostraram que é comum a transformação de uma amizade ou relacionamento profissional em um caso amoroso. Assim como é normal o fato dele (ou dela) pedir a ajuda de um amigo em comum. Boa parte dos envolvimentos que acontecem no ambiente de trabalho têm o dedo de colegas que se dispõem a dar a chamada "forcinha".
Esses mesmos colegas, no entanto, podem também "melar" as coisas se notarem que há algo acontecendo e o casal faz o possível para esconder. Eles podem ser do tipo engraçadinhos de plantão que não perdem a chance de fazer chacota ou piadinhas, ou "venenosos" - um perigo -, que aproveitarão para criar intriga dentro da empresa.
Dicas - Apesar de saberem que cada caso tem suas peculiaridades, os psicólogos dão alguns toques para quem não quer que algo tão prazeroso se transforme em tormento e consiga resistir ao tempo, prosseguindo mesmo que não trabalhem mais juntos.
Um deles é não esconder do chefe o namoro com um colega de trabalho. Não é bom que ele fique sabendo pela boca dos outros, mesmo porque não se sabe como essa informação vai chegar até seu ouvido.
A discrição entre os colegas também é importante. Deve-se evitar o máximo possível comentar o assunto no ambiente de trabalho. Pode parecer óbvio demais, porém, é preciso ter em mente que o trabalho é prioridade e o namoro deve ficar em segundo plano.
Se a notícia se espalhar, evidentemente aparecerão os engraçadinhos que farão gozação e o ideal é não encucar. Se perceberem que isso não lhes afeta, a brincadeira de mau gosto perde a graça. Ao mesmo tempo, seria bom aproveitar-se do que pensam e analisam os colegas mais chegados. Eles costumam dar toques sobre posturas que podem trazer problemas dentro da empresa, atitudes que o apaixonado às vezes não percebe que toma.
Diferente dos encontros casuais e formais ou das saídas "à caça", o relacionamento no ambiente de trabalho tem seus rituais típicos, que são determinados pelas possibilidades que são oferecidas. Especialistas lembram, por exemplo, que a convivência ajuda ambos a se conhecerem melhor e então identificarem no outro as características que atraem mais.
E é interessante verificar que os relacionamentos surgem muitas vezes de simples gestos, olhares, sinais indisfarçáveis para os mais atentos e que podem até passar despercebidos pelos mais distraídos. Como Carmem (nome fictício), de 25 anos, que só começou a notar o interesse de César (nome fictício), de 30 anos, depois de um ano de convívio profissional. Ela conta que percebia uma atenção especial dele em relação a tudo o que fazia, mas acreditava que a postura tinha a ver com o fato de ser a mais nova e inexperiente funcionária da equipe.
Sem perceber ela também dava sinais de que correspondia, lembra César. Segundo ele, não eram poucas as vezes em que notava um olhar mais demorado de Carmem, que logo disfarçava. A aproximação foi ficando cada vez maior até que César tomou coragem e confessou seu amor. Foi um bom tempo levando o relacionamento em "banho-maria" até que assumissem. Depois de mais um ano de namoro, casaram-se e estão juntos já há três anos e meio, contam.
Excessivamente preocupados com o que os outros poderiam dizer e do que isso poderia acarretar dentro da empresa, eles procuraram não expor seus sentimentos abertamente. Garantem que os colegas não conseguiram notar nada e que até se espantaram com a revelação. Mas nem todo relacionamento no trabalho acontece assim. Há casos em que as experiências são bem dolorosas. principalmente se a pessoa não souber separar as coisas. Não é qualquer empresa que aceita interferências de ordem pessoal no desenvolvimento do trabalho. Muitas, para evitar isso, chegam a proibir relacionamentos entre empregados.
A psicóloga Simone Missel lembra que quando uma pessoa está apaixonada as reações emocionais superam as racionais e isso traz problemas como dificuldade de concentração e baixa produtividade. "Fica difícil manter o foco no trabalho, a atração passa a ser prioridade", explica. Mas há também quem diga o contrário. A famosa pesquisadora e sexóloga Shere Hite, por exemplo, defende que a tensão sexual entre colegas de trabalho estimula a criatividade e o desempenho profissional.
Outra psicóloga, Ana Maria Rossi, também acredita que o romance no trabalho pode provocar efeitos positivos. Para Ana, o relacionamento pode fazer as pessoas envolvidas olharem o trabalho com uma nova energia. "Algumas pessoas voltam a se encantar com as atividades que executam quando têm um amor por perto", diz.
Forcinha - De acordo com estudos da mesma Shere Hite, autora do best seller Sexo e Negócios (Bertrand Brasil), cerca de 70% dos homens norte-americanos e europeus e 60% das mulheres já tiveram algum envolvimento na empresa onde trabalham. O que, provavelmente, deve chegar bem próximo no Brasil. Além do fato de homens e mulheres também estarem cada vez mais dividindo espaço no mercado por aqui, os brasileiros têm algumas características que favorecem esse tipo de ocorrência.
Pesquisas recentes sobre relacionamentos amorosos entre brasileiros mostraram que é comum a transformação de uma amizade ou relacionamento profissional em um caso amoroso. Assim como é normal o fato dele (ou dela) pedir a ajuda de um amigo em comum. Boa parte dos envolvimentos que acontecem no ambiente de trabalho têm o dedo de colegas que se dispõem a dar a chamada "forcinha".
Esses mesmos colegas, no entanto, podem também "melar" as coisas se notarem que há algo acontecendo e o casal faz o possível para esconder. Eles podem ser do tipo engraçadinhos de plantão que não perdem a chance de fazer chacota ou piadinhas, ou "venenosos" - um perigo -, que aproveitarão para criar intriga dentro da empresa.
Dicas - Apesar de saberem que cada caso tem suas peculiaridades, os psicólogos dão alguns toques para quem não quer que algo tão prazeroso se transforme em tormento e consiga resistir ao tempo, prosseguindo mesmo que não trabalhem mais juntos.
Um deles é não esconder do chefe o namoro com um colega de trabalho. Não é bom que ele fique sabendo pela boca dos outros, mesmo porque não se sabe como essa informação vai chegar até seu ouvido.
A discrição entre os colegas também é importante. Deve-se evitar o máximo possível comentar o assunto no ambiente de trabalho. Pode parecer óbvio demais, porém, é preciso ter em mente que o trabalho é prioridade e o namoro deve ficar em segundo plano.
Se a notícia se espalhar, evidentemente aparecerão os engraçadinhos que farão gozação e o ideal é não encucar. Se perceberem que isso não lhes afeta, a brincadeira de mau gosto perde a graça. Ao mesmo tempo, seria bom aproveitar-se do que pensam e analisam os colegas mais chegados. Eles costumam dar toques sobre posturas que podem trazer problemas dentro da empresa, atitudes que o apaixonado às vezes não percebe que toma.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/268485/visualizar/
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