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Politica Brasil
Sábado - 14 de Outubro de 2006 às 21:26

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A coligação Por um Brasil Decente, do candidato à presidência Geraldo Alckmin, entrou hoje com um pedido de direito de resposta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a coligação A Força do Povo, do candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva. A alegação é de que o programa dos petistas veiculou, no horário eleitoral de ontem, informação "inverídica" sobre o aumento real do salário mínimo.

Segundo os tucanos, um locutor afirmou no programa eleitoral de Lula, em termos comparativos, que o aumento real do salário mínimo, em oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, foi de 20,6%, enquanto em quatro anos de governo Lula o aumento chegou a 25,7%. Para a coligação, a afirmação é "mentira gritante, sabidamente inverídica".

Com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o PSDB mostra índices completamente diferentes. A variação real do mínimo, descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao consumidor amplo (IPCA), foi de 43,8% no governo de FHC - mais do dobro do índice afirmado na locução do programa - contra 25,2% do governo Lula. Utilizando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a variação foi de 45,3% e 26%, respectivamente e, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) a variação foi de 31,9% e 13,6%.

A coligação PSDB-PFL afirma que as comparações inverídicas tem o objetivo de "confundir o eleitor e prejudicar a campanha do candidato representante (Alckmin), adversário político do representado (Lula)". Para isso, a coligação A Força do Povo estaria usando "dados falsos para enganar o eleitor", prejudicando a candidatura do tucano "da forma mais baixa possível".

O PSDB pede direito de resposta de um minuto, a ser exercido no programa em bloco da propaganda de Lula na televisão, de manhã. Também sugere que a Justiça Eleitoral notifique a coligação A Força do Povo nos termos do artigo 58 da lei 9.504/97, que "garante direito de resposta ao candidato, partido político ou coligação que se sente atingido, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundida por qualquer veículo de comunicação social".





Fonte: Terra

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