Dossiê: PF vai pedir novas quebras de sigilos telefônico

O delegado da Polícia Federal de Mato Grosso Diógenes Curado Filho, responsável pela investigação da compra do dossiê Serra, vai pedir hoje mais cem quebras de sigilo de cadastros e de extratos telefônico.

Ele informou que das 650 quebras que já foram feitas, dez eram referentes a telefones de instituições, órgãos públicos e de um partido. Curado não quis revelar qual foi a legenda investigada, mas tudo leva a crer que se trate do PT. Cada quebra de sigilo equivale a uma ligação telefônica.

O delegado confirmou ainda que o empresário acusado de envolvimento na Máfia das Sanguessugas, Abel Ferreira, vai depor segunda-feira às 9h, em Cuiabá, e o presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, terça-feira, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Curado pretende deixar Cuiabá segunda-feira à tarde e se dirigir para o Distrito Federal, onde vai interrogar o petista.

O policial federal revelou ainda que a equipe de investigação faz hoje diligências em casas de câmbio de São Paulo na tentativa de rastrear a origem do dinheiro destinado para a compra do dossiê e apreendido com petistas. As apurações prosseguem ainda em bingos e lotéricas, através de onde pode ter saído o dinheiro.

O prazo de conclusão do inquérito que trata da compra do dossiê termina na próxima quarta-feira, dia 18, e Curado adiantou que vai pedir a prorrogação. As prisões de Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos completam um mês neste domingo, mas o inquérito foi instaurado três dias depois.

O delegado ainda não decidiu se pedirá o adiamento somente na quarta-feira ou vai antecipar o requerimento. Na semana que vem, Curado pretende solicitar quebras de sigilo bancário, mas ele não revelou de quem são os responsáveis pelas contas investigadas.