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Politica Brasil
Sexta - 13 de Outubro de 2006 às 08:02

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O procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, afirmou que pedirá a relação das transações de compra e venda de ações realizadas pela Telemig em 5 de setembro.

O pedido será encaminhado à própria Telemig, à Bolsa de Valores de São Paulo e ainda à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O objetivo é investigar a operação pela qual Freud Godoy, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria recebido naquele dia R$ 396 mil do megainvestidor Naji Nahas, por meio da corretora do Banco Alpha.

Dez dias depois, em 15 de setembro, os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos em São Paulo com R$ 1,75 milhão que seria usado para comprar um dossiê contra políticos tucanos. Freud foi inicialmente citado por Gedimar como o mandante da operação.

Empresa

Os R$ 396 mil eram referentes à venda de ações da Telemig, que pertenciam a Nahas, e teriam sido depositados em favor de Freud em uma agência do Banco do Brasil em Brasília. Em seguida, o dinheiro teria sido repassado para a Caso Sistema de Segurança Ltda., empresa de sua mulher, Simone Messeguer Pereira Godoy.

O procurador quer saber se realmente o dinheiro foi transferido para Freud, mesmo que indiretamente. 'Pedirei o boleto da CVM, da Bolsa de Valores e a lista de venda de ações na Telemig, além da quebra do sigilo das contas bancárias de Freud, Simone Godoy e da empresa Caso', afirmou.

Em nota assinada em conjunto com seu advogado Augusto de Arruda Botelho, Freud disse que houve quebra de seu sigilo bancário. 'Não há qualquer decisão judicial autorizando a divulgação ou acesso aos dados bancários seja de Freud, seja da empresa Caso', alega.

Gabeira

O ex-assessor de Lula disse que vai interpelar o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), integrante da CPI dos Sanguessugas, no Supremo Tribunal Federal e pedirá à Polícia Federal que instaure inquérito policial para apurar eventual prática de crime por ele ter revelado o caso. Na nota, Freud e seu advogado asseguraram que 'as acusações de que teria recebido elevada importância do investidor Naji Nahas não são verdadeiras'.

'Se quiser interpelar, que interpele', reagiu Gabeira, em entrevista ao Estado. 'Essa é uma tentativa de intimidação. Eu mesmo disse que era uma pista que tinha de ser investigada e nessa condição não poderia ser usada como prova. Agora, o importante é saber se essa negociação ocorreu ou não.'





Fonte: AE

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