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Politica Brasil
Sexta - 13 de Outubro de 2006 às 07:09

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No horário eleitoral do rádio, na manhã desta sexta-feira, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin reduziram os ataques pessoais e concentraram seus programas em propostas de governo. O tucano, que abriu o horário desta sexta, desmentiu o que chamou "boatos" sobre privatizações e o fim do programa Bolsa-Família. Já o petista visou a região sudeste, onde seu adversário teve maioria nas urnas.

Alckmin abriu o programa convocando seus eleitores para vitória no segundo turno. "Eu acredito no Brasil melhor, do trabalho honesto, das oportunidades, do emprego. O Brasil da corrupção e do dossiê fajuto tem de ficar pra trás", disse. "O caminho está à nossa frente, pronto para ser trilhado e toda caminhada começa com o primeiro passo. Estamos prontos. Conto com você", completou.

O tucano desmentiu que privatizará as estatais. "São boatos que estão sendo espalhados por Lula e pelo PT. Coisas mentirosas para tentar prejudicar a nossa campanha. Não é verdade que eu vou privatizar as estatais. O Lula fala isso para assustar as pessoas e ganhar votos. E mais: ele disse que eu vou acabar com o Bolsa-Família. É mentira. Cuidado com esses boatos. Tenho mais de 30 anos de vida pública, tenho palavra e jamais decepcionei as pessoas que confiaram em mim."

Os tucanos brincaram com data de hoje, sexta-feira 13, fazendo alusão ao número do petista nas urnas. "Hoje é sexta-feira, 13", disse o narrador, batendo três vezes na madeira. "No dia da eleição, para não dar azar, para não dar errado para o Brasil, vamos de 45, Geraldo presidente."

O horário do PSDB apostou também em apelos emocionais para mostrar o esforço de Alckmin. Apresentando o candidato como um homem que tem uma "história de vida de desafios, que ele enfrenta e vence", os tucanos apontaram a trajetória de Alckmin como o menino que perdeu a mãe aos 10 anos, se esforçou para pagar seus estudos e chegou ao cargo de governador reeleito de São Paulo, "sempre aprovado pela população".

O programa de Alckmin também criticou o presidente Lula e voltou a prometer vender o Aerolula para construir hospitais públicos. "Você sabia que o Aerolula custou R$ 150 milhões do dinheiro do povo? Que em outros países os presidentes não têm mordomias como essa? O presidente da França, o primeiro-ministro da Inglaterra e o Papa não têm essa mordomia? Geraldo vai acabar com essa mordomia. Vai vender o Aerolula e construir cinco hospitais decentes para a população", reforçou o narrador.

Os tucanos apresentaram propostas do plano nacional de desenvolvimento, com projetos de segurança e saúde para Minas Gerais; segurança e geração de empregos para o Rio de Janeiro; Para Bahia, moradias populares e mutirões da Saúde; a construção da refinaria da Petrobras em Pernambuco; e para o Paraná, exército para policiar fronteiras e programas de desenvolvimento para a agricultura.

Já o candidato Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de comparar as duas propostas e não poupou críticas ao governo de Fernando Henrique Cardoso. "Dois caminhos diferentes levam a dois lugares diferentes. Por isso precisamos comparar. É só parar e comparar. Com FHC, o Brasil tinha uma dívida de US$ 20 bilhões com o FMI e o Lula zerou essa dívida. O Lula gerou 105 mil empregos por mês, enquanto FHC, 8 mil. No governo de FHC, o salário aumentou 20% em oito anos. Em menos da metade do tempo, no governo Lula aumentou o salário em 25%", disse o narrador.

O programa do petista também explorou projetos para a região Sudeste, onde Lula teve desvantagem nas urnas. Com uma repórter que "viaja o País", os petistas apontaram que "São Paulo disse sim a Lula, porque o emprego cresceu mais 19%; Minas disse sim, pelos programas sociais e investimentos em infra-estrututa; o Rio disse sim, porque Lula reativou a indústria naval".

Lula associou a imagem dos tucanos à elite e voltou a dizer que, se eleito, Alckmin privatizará as estatais brasileiras. "Temos um projeto de nação completamente diferente. Enquanto uns sempre trabalharam para uma pequena elite, nós trabalhamos para todos.

Eles privatizaram, encolheram salários e diminuíram empregos. Nós acabamos com a inflação, estabilizamos a economia, e aumentamos o salário e o emprego. Eles acobertaram escândalos e barraram CPIs. Nós estamos combatendo a corrupção e cortamos na própria carne", disse Lula.

O presidente também ressaltou que não comentará "casos de polícia" no horário eleitoral. "A campanha é espaço para a discussão de propostas e não para temas de polícia", completou.

O petista prometeu ampliar o programa Bolsa-Família e levar luz elétrica para todas as famílias da zona rural. Lula também disse que implantará programas de redução de impostos e ampliará programas de saúde em todo País.





Fonte: Terra

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