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Internacional
Quarta - 11 de Outubro de 2006 às 12:45

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O Peru se uniu à preocupação do Chile em relação à aliança militar entre a Venezuela e a Bolívia e o chanceler José García Belaúnde comparecerá ao parlamento nesta quarta-feira para informar sobre os alcances desse acordo para a região.

Os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, assinaram em 25 de maio passado o novo programa de cooperação militar que visa a "melhorar e complementar as capacidades de defesa de cada país", segundo um texto difundido.

Em sua visita oficial à Bolívia na semana passada, o chanceler peruano abordou o tema com seu colega David Choquehuanca. Este acordo, segundo o presidente da Comissão de Defesa do Congresso peruano, Luis Gonzales Posada, causa uma justificada preocupação pois estabelece a construção, com financiamento da Venezuela, de 24 bases militares na fronteira da Bolívia com o Peru e o Chile.

No acordo boliviano-venezuelano há um ponto que Gonzales Posada destaca como preocupante, a citada "participação mútua de oficiais desses países em acontecimentos nacionais oportunos".

"Isso pode se prestar a qualquer tipo de interpretação", afirmou, destacando a "grande interdependência da Bolívia de Evo Morales em relação à Venezuela de Hugo Chávez".

Bolívia e Peru compartilham de uma extensa fronteira de 1.100 km.

Peru e Venezuela, por sua vez, mantêm relações distantes e suas embaixadas estão a nível de encarregados de negócios devido aos insultos que Chavéz trocou com o presidente Alan García quando este era candidato presidencial.

O primeiro-ministro Jorge del Castillo disse esperar que "esta espécie de intromissão de um país no outro não prospere e que a Bolívia não abra uma nova frente de conflito ou ceda às pressões hegemônicas de Chávez".

Já a presidente chilena Michelle Bachelet considerou que o citado acordo "está dentro do normal" em termos de cooperação de defesa entre os dois países, mas advertiu que o mesmo deveria ser conhecido pelas nações vizinhas.

"Creio que seria bom que essas coisas ficassem claras, fossem conversadas, porque há um conjunto de países vizinhos que gostarão de saber do que se trata".

Em Caracas, o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, atribuiu essas especulações a uma "campanha financiada e dirigida por setores do governo dos Estados Unidos para, através da intriga, da maledicência, da maldade, da manipulação, tentar inimizar nossos povos".





Fonte: EFE

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